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O dia começa com um lindo sol iluminando meus passos direto a Kim Taehyung, o qual gosto de imaginar seus lábios nos meus, seu sorriso só meu, seus toques em mim.

Eu estive um pouco curioso sobre a vida de Tae, ele não revela muita coisa, me disse um dia que tem uma irmã,  JaeHa, ela é mais velha que ele 4 anos.

Gostaria de saber mais sobre ele.

-Tae, por que você não fala da sua família?

-É...complicado.

-Por favor, eu preciso saber sobre você. Eu já te contei basicamente tudo sobre mim.

-Você quer mesmo saber?

Seu sorriso apagou com minha curiosidade, me senti mal e queria desfazer minha pergunta mas eu preciso saber.

-Eu quero...

Respondi com um pouco de receio enquanto ele se sentou na grama verdinha e confortável.

-Pois bem, só não fique preocupado se eu começar a chorar, normalmente não consigo me segurar...

Fiquei preocupado, oque há de tão triste na sua vida? Oque o aflige?

-Minha mãe morreu assim que eu nasci, meu pai é um completo alcoólatra viciado, ele não...se importa com os meus sentimentos e os sentimentos da minha irmã. Ele me marca praticamente todos os dias com sua cinta, minha irmã trabalha os dias fora e não pode fazer nada mesmo ela sabendo do que acontece...

Suas lágrimas salgadas eram como a cachoeira, caiam sem pudor.

-Minha irmã é filha de outro homem, meu pai algumas vezes tentou violenta-lá e me violentar... eu detesto ele, mas não posso fazer nada, não tenho para onde ir. Perdi as contas de quantas vezes tive que ir no hospital ver minha irmã que estava praticamente quase morrendo, "ela caiu da escada", essa é uma das desculpa do meu pai. Me dói saber que meu pai me odeia, dói mais ainda meu corpo ficar vermelho com cortes cheio de sangue...ele não merece ser chamado de pai, um pai deveria cuidar e não machucar!

Eu o abracei e ele continuou a falar, como se estivesse se livrando de um peso que o fazia ficar preso a tudo de ruim.

Suas lágrimas molhava minha camisa, eu fiquei triste por faze-lo lembrar. Começei a passar meus dedos pelo seu cabelo enquanto a temperatura daquele lugar úmido caía para 18°C.

-Minha mãe morreu por culpa minha. Com...com toda certeza ela não...não merecia ter morrido. Kookie, ele me fez engolir vários calmantes para poder bater na minha irmã...e...e quando eu acordava, não! Isso continua a acontece...e quando eu acordo, meu corpo está dolorido. Nunca vou saber o que ele faz comigo.

Ele soluçava com descontrole. Me doeu, doeu muito. Eu quero que ele se sinta bem. Eu quero livra-lo dessa culpa que não é sua. Eu quero ajudar e ser alguém que vai abraça-lo apenas para fazer carinho e confortar...quantos abraços dolorosos ele já deve ter recebido?

-Me desculpe por tocar nesse assunto eu...eu não queria te fazer lembrar. Por favor se acalme, por favor Tae...

-Você fez bem em perguntar, Kookie. Eu precisava contar, não iria suportar por mais tempo guardar isso...

Já chorando também o abracei mais forte. Eu não sabia como faze-lo parar de chorar. Me afastei e limpei seu rosto o fazendo me encarar com seus olhos brilhantes por lágrimas que limpavam sua alma.

Sorri e ele sorriu de volta.

-Você não merece tamanha crueldade. Eu vou fazer sua tristeza sumir e dar espaço apenas para os sorrisos. Eu vou te fazer feliz, Tae Hyung.

-Não quero que sofra Kookie, eu vou te causar dor, não se apegue a mim, por favor...

-Você não vai me causar dor, nunca!

Ele ficou pensativo mas o clima melhorou depois que mudamos de assunto e logo o fiz esquecer do mundo real e abrimos espaço para a imaginação. Onde imaginávamos tudo que quiséssemos.

Euphoria Onde histórias criam vida. Descubra agora