Capítulo 4 - Não vou deixar!

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Acordei e fiz as coisas tradicionais de rotina. Fui ao banheiro, lavei o rosto, escovei os dentes e desci para tomar café. Enquanto descia sentia o cheiro maravilhoso de panquecas.

Naomi: Bom dia querida!

Diz ela com o sorriso acolhedor de sempre.

Misuki: Bom dia Saki.

Diz com a boca cheia o que faz eu e Naomi cairmos na risada.

Saki: Bom dia para as duas.

Naomi: Está se sentindo melhor querida?

Na verdade eu não estava, aquela voz... Estava me preocupando muito, mas eu acredito que as duas tenham muitas coisas pra se preocuparem e eu não pretendo ser mais uma.

Saki: Claro, perdão por te-las preocupado por nada.

As duas se entreolham como se soubessem que algo não estava certo.

Naomi: Não é incomodo nenhum cuidar de você querida, pode contar conosco pra tudo.

Misuki: Ei! Vamos lá pra cima? Preciso dá sua ajuda com as bonecas.

Saki: Claro!

Naomi: Não vão a lugar nenhum antes de terminarem o café.

diz ela com um uma expressão seria.

Misuki: Aah, ta bom!

diz ela claramente descontente.

Nos sentamos novamente para terminar nosso café, logo após subimos para o quarto de Misuki.

Misuki: Bom, hoje eu estou mais calma para lhe explicar o que aconteceu ontem... Ainda tem interesse em saber?

Saki: Tenho sim, mas vou entender se não estiver pronta, tem certeza que está tudo bem pra você contar agora?

Misuki: Sim, estou bem não se preocupe. Então, eu acredito que você pense que temos muito dinheiro por conta da casa a qual moramos, mas não é bem assim. Está casa foi deixada pra nós como herança... Do meu pai.

Ela deu uma pausa e abaixou a cabeça, acredito que falar sobre o pai dela seja difícil. Eu seguro sua mão para mostrar que está tudo bem e que ela pode contar comigo. Ela me olha, dá um leve sorriso, respira fundo e volta a falar.

Misuki: Meu pai morreu a alguns anos em um acidente... Essa casa foi a maior herança que ele deixou, mas por conta do tamanho dela os impostos saem bem mais caros, nós não queremos nos desfazer da casa, mas minha mãe não está conseguindo pagar os impostos e se continuar assim teremos que vender o bem mais precioso que meu pai deixou! Ele costumava dizer que esse era o nosso palácio, que era a casa perfeita para nós como se já estivesse determinado... Não podemos vender essa casa... De jeito nenhum!

Eu não sabia o que dizer, a situação era bastante difícil e delicada, eu queria muito ajudar, mas não fazia ideia de como fazer isso. Então fiz o que estava no meu alcance naquele momento... A abracei. Ela me abraçou de volta e chorou mais uma vez. Depois de um tempo ela parou, secou as lagrimas e tornou-se novamente a falar.

Misuki: Chega de tristeza! Estou precisando de tintas novas para as bonecas... O que acha de ir comigo ao mercado?

Saki: Claro.

Era o mínimo que eu podia fazer para ajudar a anima-lá. Além disso, era a primeira vez que eu iria sair daquela casa desde que cheguei, então por mim tudo bem.

Descemos, avisamos Naomi e saímos.

Devo admitir que a cidade era bem diferente do que eu pensava, na verdade acredito que nem poderia chama-la de cidade, era como uma vila.

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⏰ Última atualização: Feb 06, 2019 ⏰

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