27/12/2018

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[N/A: Cheguei com mais uma fic que ainda não acredito que finalmente criei coragem pra postar... Eu estava escrevendo essa aqui desde o natal do ano retrasado, mas tenho um problema muito grande com um leve "perfeccionismo", e isso me atrapalha muito porque erros insignificantes me deixam muito chateada comigo mesma. Enfim, estou tentando superar isso e liberar mais coisas aqui pra vocês esse ano. Feliz ano novo!
Sem mais blablabla, vamos ao primeiro capítulo! Espero que gostem!! Já sabem, né? Se gostar, não esqueça de votar e comentar pra fazer essa autora aqui feliz! Boa leitura!]

5 dias antes do dia de ano novo.

Lar doce lar, é o primeiro pensamento feliz de Camila antes de soltar um suspiro pesado e se abaixar para pegar a grande caixa que ela mesma teve que tirar do porta-malas do táxi. Ela não havia conseguido dormir nem por um minuto durante o voo e isso causou uma enxaqueca que ela lidaria pelo resto do dia. Só piorou quando o taxista nova-iorquino nem mesmo se ofereceu para ajudá-la com as malas, seria legal da parte dele pelo menos tentar parecer gentil, mas não podia esperar muito de quem grita com alguém no viva-voz do celular enquanto tem um passageiro no banco de trás. Por ser uma pessoa naturalmente curiosa, em outra oportunidade, Camila ficaria atenta à conversa, mas dessa vez só queria um pouco de paz. A viagem do aeroporto até ali foi tão ruim que ela achava que evitar todos os taxistas da cidade era o mínimo que poderia fazer pelo resto da sua vida.

Abrindo precariamente a porta de ferro com somente uma das mãos enquanto apoia a caixa na coxa, ela empurra o corpo para frente, deixando a porta bater atrás de si depois de passar, e aproveita o impulso para subir a escada de uma vez, mas todo o seu plano vai por água abaixo quando alguma coisa bate na frente de sua caixa e ela cai antes mesmo de alcançar o quinto degrau. A latina solta uma mistura de gemido de dor com grito de surpresa e a caixa pesada rola para o lado.

- Ai, meu Deus! Ai, meu Deus! Desculpa! - Ela ouve uma voz perto de si e abre os olhos para ver o que a derrubou.

Talvez não tenha notado algum muro no meio da escada?

A primeira coisa que vê é a mão estendida à frente do seu rosto e a aceita antes de olhar mais um centímetro além. Desesperada para levantar do chão sujo.

- Desculpa mesmo, eu desci muito rápido e não vi que você tava subindo - a mulher continua falando, enquanto Camila aproveita para limpar a parte da roupa que teve contato com o chão. Com certeza apareceria um hematoma de boas-vindas ali. - Esse saguão é tão pequeno que já é normal os moradores se esbarrarem por aqui, principalmente se nós duas estivermos com a visão tapada. - Camila observa que sua caixa foi aberta com a colisão e, seguindo seu olhar, a pessoa que a derrubou corre para virar o objeto pesado antes que os objetos escapem. - Você se machucou?

A nova moradora do prédio levanta o olhar pela primeira vez para o rosto da desconhecida, mas o cabelo grosso cobre a maior parte do rosto dela. Ela balança a cabeça em negação à pergunta.

- Não. Eu ainda estava aqui no começo, sorte a minha, senão eu rolaria essa escada toda e a caixa com certeza não ajudaria no impacto - responde enquanto caminha para pegar a caixa próxima aos pés desconhecidos.

A mulher que a derrubou nem parece ouvir toda a resposta, distraída enquanto olha atentamente para o rosto da pequena mulher que nunca viu antes naquele prédio.

- Espera aí... Eu não te conheço de algum lugar?

Camila percebe a confusão em seu rosto e para, semicerrando os olhos.

- Não sei, nunca morei aqui antes... - responde, igualmente confusa com a pergunta repentina. Mas algo em sua mente diz que os traços da mulher a sua frente também a lembram de outra pessoa, principalmente os olhos... Talvez ela conseguisse se lembrar mais tarde, quando não estivesse tão exausta da viagem.

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