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Dias depois...

Andrea revisou mais uma das pastas que estavam em cima de sua mesa e respirou fundo, escutou o barulho de passos aproximando-se levantou o olhar.

-Aqui estão os croquis - Disse estendendo a mão com a pasta, Andrea a pegou, Pierre sentou-se em frente a mesa da morena.

-Obrigada, Pierre.

-Disponha.

-Você está bem? - Perguntou vendo o semblante abatido do homem a sua frente, os dois nunca se falaram mais do que o necessário, a única funcionária que tinha contato afetivo com Andrea, era Suzen, já que a morena começou a ser extremamente fria com todos depois do ocorrido da reunião.

-Briguei com meu namorado.

-Tenho certeza que logo vocês estarão bem, eu sei como é brigar com quem amamos mas o pior é quando você descobre que esse alguém nunca será completamente seu.

-Sente isso em relação a Marcelly? - Andrea negou.

-Não... Me senti assim em relação a Miranda.

-Miranda? Qual Miranda? - Perguntou assustado e surpreso - Miranda Priestly? Editora-chefe da Runway? - Andrea riu com a surpresa do homem.

-Sim, ela mesma.

-Não sabia que você tiveram uma relação.

-Ninguém sabe na verdade... Bom, só meus amigos, as filhas dela e a melhor amiga dela.

-Vi vocês se falarem no desfile, formam um belo casal - Andrea sorriu triste passando o dedo lentamente na mesa, acompanhando o movimento.

-Ela me completou... Eu fui feliz durante alguns dias e algumas horas.

-Por que o término? - Andrea o olhou.

-É uma história complicada, mas eu ainda a amo, ao menos, eu creio que sim, é tudo tão confuso, sabe? A alguns dias ela disse que ainda me ama e que faria qualquer coisa para voltarmos, no dia seguinte, falou sobre a vida que imaginava construindo comigo, eu simplesmente não sei o que pensar, nem como agir, parte de mim sente que a ama, a outra parte é insegura demais para terminar com Marcelly e tentar outra vez.

-Estamos falando da mesma Miranda Priestly? - Andrea riu secando à lágrima que fugiu.

-Estamos sim... E foi por isso que me apaixonei, pela qual todos acham que não existe, a romântica e divertida.

-Por que não se deixa levar? Não se dá uma segunda chance, esquecendo por um segundo que sente medo? Quando você se dar conta, vai está contando a história de vocês para o filhos que vierem - Andrea sorriu.

-Se ao menos toda insegurança em relação a Miranda sumisse, eu pensaria na opção... Mas faça um jantar, chame seu namorado e converse sobre o assunto, vai fazer bem a vocês e se acharem que não podem mais seguir em frente se despeçam e sigam em frente.

-Foi isso que está tentando fazer, não é?

-É sim e tenho errado misevalmente.

-Você até que não é a megera que eu pensei, sabia?

-Foi um elogio? - Os dois riram.

-Foi sim, Jacqueline não era sociável.

-Eu imagino, aquela mulher é uma cobra.

-É sim.

Andrea saiu do elevador e andou pelo corredor seguindo para a porta de seu apartamento, ao abrir a porta viu um caminho de rosas, franziu as sobrancelhas e entrou fechando a porta, colocou a bolsa em cima do sofá e seguiu o caminho de rosas que dava para o quarto, ao abrir a porta do cômodo viu velas acessas espalhadas pelo local e apenas o abajur ligado, a porta do banheiro escostada, com a luz acessa, tirou os saltos e seguiu para o banheiro, vendo a banheira cheia, com sais e algumas pétalas, escutou barulho de passos e olhou para o quarto vendo Miranda com duas taças de vinho nas mãos e coberta por um roupão branco.

1. Diga Que Me AmaOnde histórias criam vida. Descubra agora