※ A mansão ※

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Na volta para a mansão, Philip tenta demonstrar que está tudo bem, forçava uma vontade de impulso que não era da natureza dele, pois sua mente estava conturbada pensando naquela mulher na qual mal conheceu e já gravou seu nome em sua mente "Alanis", como não lembrar desse nome tão simples, tão doce, tão meigo, e tudo o que ele mais queria naquele exato momento, era saber se ela estava em segurança, se conseguiu sair da floresta e chegar em casa, perguntas simples, tão fáceis de saber e difíceis de adivinhar, ao mesmo tempo uma contradição que nem ele sabia como pôr um fim em sua angústia que chegava a apertar o seu peito.

Ao chegar na mansão Philip caminha direto para seu aposento, onde nem todos o cercavam e o perturbavam, um lugar todo seu, poucos vão lá, um desses poucos era Virgínia, uma companheira de infância, quase que uma irmã só que de mães diferentes, mais com o mesmo valor, era a única pessoa de toda mansão que ele poderia confiar, pois lealdade por ele, ela tinha até de mais, construído a centenas de anos, uma amizade que vinha de berço. Ao chegar e entrar no quarto de Philip, Virgínia aproximasse dele e nota seu olhar cabisbaixo, aquele olhar de quem perdeu algo e não queria contar pra ninguém por medo ou apenas receio, já que vampiros não tinham esses hábitos, ela não querendo se meter em sua vida, lhe fez uma pergunta, àquela pergunta.

— Philip estava tão preocupada com você, está tudo bem?

Ele olhou para ela, se levantou e foi em direção as janelas para baixas às venezianas, em seguida trancou a porta de seu quarto como de quem tem algo muito importante para dizer, e num tom baixo ele falou.

— Olha Virgínia, o que eu vi hoje não vai acreditar, juro que não estou mentindo, por um acaso me encontrei com uma mulher no metrô da cidade, aquele que tenho costume de ficar na espreita, quando ela saiu de lá, estava sendo seguida por dois lobisomens, o que me diz?

— Primeiro relaxa, achei bem suspeito essa aproximação, o que eles queriam de fato, conseguiu ver algo a mais?

— Não sei decerto o que eles queriam, apenas sei que eles estavam atrás dela, num modo furtivo, mais quando notaram que ela não estava bem, eles adentrando a floresta e não voltaram, mais tenho certeza que eles voltarão, ela deve ser bem importante para eles, ou ter algo que eles querem, o que acha?

—Será mesmo? isso não é bom, esses vermes a muito tempo não chegavam tão perto do Vankers, tenho um mal pressentimento, já falou isso para o Marcos?

— Tenho quase certeza disso, preciso vê-la, não me verei numa situação que nem essa de tanto pensar em como deve estar ela. enquanto ao Marcos não sei o que fazer, mais irei comunicar sobre o que vi.

— É melhor que tome cuidado, ele está uma irá com você por conta de suas teimosias, não faça nada contra a vontade dele, isso pode afetar todo o Vankers, até acho que ele está prestes a fazer uma loucura para não perder o mandato dele na mansão, todos vão culpa-los Philip, sinto que estamos prestes de um caos.

— Sim, tem toda razão, vou tomar mais cuidado de agora em diante, não quero causar sofrimento ao Vankers, se lembra que no século passado o antecessor de Marcos matou de forma fria o Wallys e Anny por descumprirem a norma.

— Claro, eles não mereciam àquilo tudo por causa de uma saída, as cenas me causam revolta até hoje, uma arma que faz jus ao nome "just pain", a cara do Polius.

— Nem me diga isso, só em lembrar deles pendurados por correntes presas que saem das duas colunas e prendem pulso, pescoço e tornozelo é de arrepiar, onde o pior nem está aí, são as próximas etapas que o just pain faz, aquele bueiro abaixo da vítima onde escorre todo sangue e manda direto para um recipiente e o armazena, assim a primeira coluna que fica a direita onde o gárgula morcego que fica no topo faz a coleta do recipiente que indica está funcionando pela cor dos olhos que fica amarela e manda para o segundo gárgula morcego,, ligados por um cilindro fino e grande que os conectam pelas bocas de ambos os gárgulas no topo de cada coluna, o segundo que está a esquerda armazena o sangue e fica com os olhos azuis, ao fim do processo ambos os olhos ficam vermelhos, mostrando a todos que o processo terminou e está pronto para retirada do bolsa de sangue ali armazenado dentro da segunda coluna e assim passa para todos se deliciarem com uma dose do sangue que no fim do processo está fresco e com o sabor marcante, isso é passado como uma forma de fortalecimento de nosso clã. Mais Philip, tenho mals pressentimentos sobre isso, essa garota realmente não pertencia ao clã deles?

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