Estagio 1: Começou

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Olá, para você que pode estar lendo este livro, espero que você esteja pronto, pois, não vou amenizar ao relatar cada assassinato que cometi durante minha estadia nessa terra.

Tudo começou no ano de 1982, naquele ano ainda tinha neste país a ditadura como regime, e eu era um simples civil, trabalhava eu um serviço bem desgastante como recém-formado em medicina, sim você não está lendo errado este hoje assassino era, e sou médico formado. Minha vida ia sendo vivida normalmente, dividida entra minha esposa e meu trabalho, minha esposa uma pessoa que era a razão da minha vida, a única pessoa que conseguia ver em mim uma pessoa boa, e esteve ao meu lado até o último dia de sua vida.
Nada tinha acontecido comigo enquanto ela estava ao meu lado, só que chegou o fatídico dia.

Era o primeiro mês do outono as flores estavam indo embora, minha esposa que saia normalmente para ir às compras e eu ia ao seu lado teve que ir sozinha, pois, eu estava com muita para fazer e disse que não podia estar ao seu lado, até hoje me arrependo de ter tido essa atitude. Cerca de 2 horas e meia se passara e recebo em minha casa uma visita de inesperada, era de um conhecido, ele disse que tinha ido comprar algumas coisas no supermercado, e na volta tinha visto um carro batido na rua e um número grande de pessoas a sua volta, "normalmente eu passaria direto, mais o carro me chamou a atenção e parei para ver" disse meu visitante esbaforido enquanto tentava contar a história o mais rápido, e naquele momento veio o choque era o carro em que estava minha esposa, corri para onde ele tinha falado que vira o acontecimento.

Quando cheguei i instruído por um policial a ir até à delegacia, pois, teria mais notícias, não perdi tempo fui direto para lá, a delegacia não ficava muito distante, por coincidência ficava de frente com o hospital da cidade, na lá fui avisado que o carro onde estava minha esposa tinha perdido o controle e batido em outro carro que vinha em sentido oposto. MINHA ESPOSA ESTAVA MORTA. A única pessoa que me amava estava morta.
Foi passando os dias e eu não saia do meu quarto, várias pessoas conhecidas vieram me ver e tentar fazer eu sair da minha cama, mas eu já não tinha razão para sair, trabalhar bancar a casa tudo não valia de nada sem meu amor.
Algum tempo depois conseguiram me convencer a mudar para uma pequena casa que tinha na perto do campo, lugar bonito, perto de um lago e de um bosque, lá comecei a ter melhoras no passar dos meses.

Num belo dia eu estava sentado em minha cama, pois, tinha acabado de levantar, desde a morte de minha esposa eu não era o mesmo mentalmente, em alguns momentos eu ouvia vozes que falavam para fazer coisas que não eram certas, e falavam que eu não tinha nada a perder, pelo menos não estavam tão erradas. Perto de onde eu morava tinha uma casa que morava um homem bem conhecido na região, pois, era muito rico, tinha conseguido sua riqueza na bolsa de valores, e hoje já morava mais afastado da cidade. Não era o tipo de pessoa que outras pessoas gostavam, não morava sozinho, porque tinha alguns problemas de saúde, mais não aparentava, era alto, muito forte, com um corte meio militar.

Nunca mais tinha ido em minha casa após ter sérios problemas. Ele bateu na porta e eu o deixei entrar, ele estava sentindo muitas dores, mais não tinha nenhum médico na redondeza, ele falou que soube que eu era médico, então veio para que eu o examinasse, disse que não era adequado e que não exercício minha formação já a algum tempo e que ele deveria ser encaminhado ao hospital se estava com problemas, mais quando o homem estava de saída de minha casa, algo aconteceu ele caiu meio a porta se contorcendo e gritando, quando cheguei a ele para ver o que estava acontecendo percebi que o homem estava tendo um ataque cardíaco bem na minha frente, durante alguns segundos ele olhou no meu olho e por um momento eu vi tudo o que aquele senhor poderia ter feito na vida, todas as coisas ruins que aquele homem deveria ter cometido para chegar onde ele chegou, e aquela voz veio na minha cabeça dizendo, "acaba com isso, ninguém vai saber que foi você", eu respirei, pensei nas consequências de matar um homem na minha casa, só que o meu corpo foi tomado por uma raiva, e por uma vontade de fazer justiça de algo que eu não sabia o que, só pensava em matar alguém e a oportunidade caiu no meu chão literalmente, fui no meu quarto, peguei um de meus travesseiros, voltei onde o homem estava caído e apertei seu rosto contra o travesseiro o mais forte que pude durante aqueles 10 segundos eu senti o corpo dele se debater e lutar contra o seu fim eminente até que o último suspiro de vida foi tirado de si, e o homem perdeu toda a sua força, aquela sensação nova foi um choque para mim que fiquei louco por aquilo por um breve momento eu sentia prazer em ter tirado a vida de uma pessoa.

Minutos após eu ter sufocado até a morte o homem que vou chamar de Vítima 1, eu estava no chão da sala, com o travesseiro na mão e um corpo ao meu lado, e a minha mente foi assimilando aquilo, comecei a lembrar que seria preso pelo ato que havia cometido, e lá estava aquela voz, de volta a minha cabeça falando:

— Se livra desse corpo e ninguém vai saber que foi você.

Eu olhei para o corpo e fiquei pensando em onde eu poderia me livrar dele, logo lembrei que o lago não ficava muito longe da casa da Vítima, perto do lago como mencionei tinha um bosque, eu poderia jogar o corpo no lago, pensariam que ele foi passear no bosque como era seu feitio, parou um pouco no lago teve um ataque cardíaco e caiu dentro do lago morrendo. Logo arrumei um jeito levei o corpo até um local que fazia parte da passagem pelo bosque, onde poderia uma pessoa cair para dentro do lago, o coloquei na ponta e joguei o corpo sem vida daquele homem antes forte, com fisionomia militar agora sem vida dentro do lago, logo quando cheguei em casa tratei de me livrar do travesseiro que tinha sufocado a Vítima, e tudo correu bem por alguns dias.

Não demorou muito para as pessoas que moravam com a vítima, perceberem o desaparecimento do próprio, pois, ela saia para dar passeios pelo bosque ou em alguma casa nas redondezas mais nunca demorava mais que 1 hora, e já se passara mais de 3 horas sem notícias, mesmo assim esperaram mais algumas horas para que entrarem em contato com a polícia, o que me deu bastante tempo para me livrar de tudo.

A polícia não levou muito em consideração no primeiro dia mais após 2 dias e nada de notícias do homem rico, foi designado alguns policiais para fazerem varreduras nas redondezas a procura de alguma pisca, logico fui favorecido com a demora da polícia, pois, o corpo já não se tinha mais muitos vestígios, e como era de se esperar a polícia acabou achando o corpo do homem já em estado de decomposição iniciado dentro do lago, como ele estava no lago, não tinha entrado em decomposição muito rápido mais já não se tinha como provar assassinato e o fato do homem ter problema de coração, e ter sido constatado um ataque cardíaco antes de sua morte todos pensaram que ele tinha tido um ataque cardíaco e caído dentro do lago, a polícia acabou arquivando o caso após o exame da perícia e o caso foi esquecido, mais eu nunca me esquecera da minha primeira vítima o ponto de partida de uma longa jornada de sangue e morte.

Esse foi o primeiro e mais simples podemos dizer, pois, podemos dizer que foi na pura sorte, tanto ele ter tido a má sorte de estar em minha casa no momento que estava, quanto sorte por minha parte pelos mesmos motivos. A decisão fica para você jovem leitor.

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