Sinto a cada dia
O meu corpo mais fraco,
Minhas ideologias mais fracas,
Tudo isto junto a vontade de viver.Meu corpo já não aguenta
Estes serviços desgastantes
Que só me dão calos as mãos,
Minha pressão cai
Ao mínimo 2 vezes ao dia
E o médico insiste em dizer
Que é apenas desnutrição.Minha alma já não canta,
Meus olhos já não brilham,
Meu sorriso está ausente
E eu não sei se viverei.Eu posso, a partir de hoje,
Ser julgado o mais fraco
Meio a este bando de pessoas amáveis
Que devido ao esforço
São vistas como trogloditas.Os meus pulsos já não pulsam
Com a leveza de antigamente,
Meus olhos se cansam
Sem ao menos eu sair
De minha cama,
Meu coração bate
Cada instante mais lento, Minha pressão novamente cai
E eu só lamento.Não sei, por quanto tempo
Ficarei enriquecendo eles
Com o suor de meu trabalho,
Tendo que a eles respeitar
Sem olhar de cansaço
E se possível sorrindo
Para não sujar o nome
Desta maldita empresa.Não sei se meu corpo
Resistirá ao fim
Que meu consciente pede
Mas ainda tenho alguém
A me proteger.Este alguém
Que apesar das desavenças
Que rondam seu dia
Consegue me fazer sorrir,
Mesmo eu muitas vezes
Levando a ela só preocupação
Ela sabe me receber
E cuidar de mim.Eu só tenho a agradecer ela,
Porém lamentar,
Pois este serviço
Que me enterra
Não vai me matar...
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Refúgio de uma mente pertubada
PoesíaComo todo e qualquer poeta sou pertubado, busco nas palavras encontrar raízes que liguem meus sentimentos a terra, embora nem toda terra seja fértil tento plantar a ela minhas ironias.