O Leitor

94 9 8
                                    

No abrir do livro,

Na passagem das folhas,

Na introdução do prefácio,

O inicio da obra,

Para mim, a jornada de uma nova história,

Melhor dizendo – de uma vida.

Podem dizer ser apenas uma folha,

Apenas palavras em concordância.

Com uma capa bonita,

Um volume na prateleira,

Um junta poeira, no correr do dia-a-dia.

Mas para um leitor – para O leitor,

Cada folha, uma emoção,

Um pedaço do personagem.

O conhecimento escrito como um segredo a ser descoberto,

Neste idioma sem nome a qual escrevemos, temos esta definição.

“Vou abalar por palavras,

você pode chorar, sorrir, temer,

mas no fundo, sei que cada palavra fará sentido.

Seremos eu e você, amigos.

Darei-lhe minha sabedoria,

contarei os segredos dos personagens,

suas aventuras e travessuras.

E você me dará suas emoções,

seu sorriso na alegria,

seu pavor na frase temerosa,

seu receio na dúvida da escrita sigilosa,

ficarei feliz até mesmo com seus palavrões na inconstância das palavras impactantes,

citando duas: “Morreu” e “Amo você” – O leitor reconhecerá o impacto da palavra.

Ou até mesmo, no fim do livro,

que fez deste último ponto final, um início de outro capítulo”.

Como digo... Não é apenas um livro.

São vidas, são mundos,

São descobertas...

Podendo ser perdas,

Destruições nas batalhas sem fim.

Terror na escrita sangrenta,

Pavor no mistério do suspense,

Ou o beijo do amor verdadeiro,

Ou um drama simplesmente dramático.

Diante disto...

Posso ter uma guerra e fazer A arte da Guerra.

Posso amar livros, e virar A menina que roubava livros.

Posso ter algum problema, e dizer que A culpa é das Estrelas.

Posso esquecer o pessimismo, e viver O lado bom da vida.

Posso ter muitos anéis, e virar o Senhor dos Anéis.

Posso ter um amor, e dizer que é Um amor para Recordar.

Posso olhar para o céu nublado, e enxergar 50 tons de cinza.

Posso gostar de filosofia, e alimentar-me de O banquete.

Posso amar vampiros, e escrever Diários do Vampiro.

Posso ser culpado, e ficar quieto alegando O silêncio dos Inocentes.

Posso pensar em algo divino, e logo me perder no Paraíso da Divina Comédia.

Posso tudo, na escrita!

No final de tudo...

Uns consideram

Era uma vez...”.

Creio, que apenas Uma vez, não é o suficiente.

Eterna seja a “vez”,

Infinita seja estas linhas, dos sonhos do Leitor.

Sentimentos EscritosOnde histórias criam vida. Descubra agora