Capítulo.03

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Victória Santos

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Victória Santos

Eu não tava suportando ficar debaixo do mesmo teto que aquele infeliz. Ele vive me provocando, toda noite com uma piranha diferente, se ele acha que eu vou cair nesse joguinho de ciúmes ele está muito enganado, eu vou é devolver o ciúmes.

- Vick? O que faz aqui? - Mália pergunta.

- Eu vou morar aqui por um tempo, tia Kaline precisou viajar.

- Que bom!!! - Ela me abraça. - Agora vamos poder fazer muita coisa.

- Sim, vamos sim.

- Mas não esse final de semana, vou pra casa da praia de uma amiga minha, os pais dela recuperaram toda a fortuna da família e ela me convidou para a comemoração.

- Ah! Que legal, já falou com o troglodita do seu tio?

- Ainda não. Vai ser muito difícil falar com ele sobre isso.

- Pode deixar que eu falo. Arrume suas malas.

- Tá bom! Te amooooo. - Ela sobe as escadas correndo e eu sento no sofá rindo.

A porta é aberta bruscamente e um furacão chamado babaca entra na sala.

- Que bicho que mordeu?

- Não é da sua conta.

- Vai a merda Uendel, eu lhe fiz uma pergunta na maior educação, depois você reclama que eu só te trato as patadas.

- Desculpa Victória, são problemas na boca, nada que deva se preocupar.

- Bem melhor. - Solto um sorriso. - Vem cá, senta aqui precisamos conversar.

Ele veio até mim, sentou ao meu lado e me olhou com um sorriso bobo de canto de boca. Me aproximei mais como quem iria lhe beijar, mas logo recuei.

- Mália foi convidada pra ir para a casa de praia de uma amiguinha, passar esse final de semana. Eu falei que ela pode ir, afinal ela não tem muitas amigas e a única era essa menina, e agora ela tá no bairro dos ricos de volta, então por favor deixa ela ir cara.

- Que?! Você fica nesse dengo todo comigo só quando é pra me pedir as coisas? Mália sabe que do morro ela não sai sem mim.

- Mas Uendel, ela tá muito sozinha, tenho medo que essa menina entre em uma depressão. Deixa ela passar esse final de semana com a amiga.

- Eu já disse que não.

- Se você não deixar eu fujo de casa e levo ela comigo.

- Você não é nem louca, eu te acho nem que seja no inferno.

- Deixa vai? - Peço com voz manhosa. Subindo em seu colo, colocando uma perna de cada lado e pondo minhas mãos em seu pescoço.

- O que tá fazendo Victória? - Ele pergunta sem mover um músculo.

- O que você quer fazer e o que eu quero já tem meses, eu estou necessitada em fuder. E pensa pelo lado positivo, se a Mália for viajar vamos ter a casa toda só pra nós. - Digo uma coisa que não deixava de ser verdade.

Uendel da uma risada, e eu conheço essa risada bem, essa risada é quando alguém convence ele de algo. Ele coloca as duas mãos na minha cintura me apertando forte contra si, me fazendo sentir a sua ereção grossa roçando na minha boceta, agora molhada.

- Tá bom! Ela vai pra esse passeio. - Ele diz por fim.

Saio do colo dele antes que eu peça pra ele me foder aqui mesmo, minha boceta estava completamente lambuzada. Eu queria gozaar!

- Eu vou? - Mália pergunta descendo as escadas correndo.

- Sim princesa. - Digo.

- Aaaeeee!!!

- Mas é pra se comportar mocinha, nada de biquíni.

- Tá bom tio. - Ela vem até mim, e me abraça - Obrigada.

●●●

Uendel Lopes

Aquela baixinha só quer me provocar, como que ela conseguiu me fazer deixar Mália ir para fora do morro?

- Ou seu filho de uma pu...

- Não termine essa frase, Victória. - Digo olhando ela parada na minha frente. - Mas que merda em, tu tava toda amores comigo e agora já está me atacando.

- Porque diabos você colocou aqueles troços na minha gaveta?

- Uai, sou muito novo pra ser pai, estou prevenindo nos dois.

- Você está louco se acha que vou usar aquele troco de camisinha feminina que mais parece uma calcinha extra GG. - Ela diz cruzando os braços. Não aguento e acabo caindo na risada, ela fala de um jeito tão engraçado.
- Eu tô falando sério porra!

- Calma aí dona stress.

- Calma o caralho...

Antes que ela posso terminar de falar, escuto um estrondo, é bomba explodindo e logo o alarme de recolhimento/Invasão ecoa por todo o ambiente.

- Puta que pariu!

- Estão invadindo o morro?

- Sim, vai para o porão e fica lá até eu resolver isso.

- Nem pensar que eu vou ficar aqui sem fazer nada, eu vou te ajudar porra.

- Faz o que eu tô te pedindo, por favor Victória. Eu não iria me perdoar se você se machucasse, então por favor entrar no porão.

- Eu já falei que não.

- Que caralho mano.

- Mália não está aqui, por tanto não temos com o que nos preocupar, eu vou entrar no fogo junto com você. Coloca o caralho de uma arma na minha mão e vamos logo pegar esses filhas da puta que invadiram a comunidade.

Ela fala tão determinada que acabo sentindo orgulho da menina/mulher que em breve será minha. Mas também sinto um pouco de raiva por ela me desobedecer, pego uma pistola na gaveta e entrego pra ela.

- Fica perto de mim, não se atreva em sair das minhas vistas. E outra, dessa vez eu não tô pedindo eu tô mandando.

Saio de casa cautelosamente sem esperar ela falar, e a baixinha encrenca vem logo atrás de mim, descemos o morro indo até a boca e lá já encontramos os vapores, Lucas com uma metralhadora e Alice com uma fuzil.

- Puta que pariu Alice. - Victória diz surpresa.

- Não gostava desse tipo de coisa, mas agora estou pouco me fudendo. - Seus olhos estavam vermelhos, parecia que ela tinha chorado.

- O que aconteceu? - Victória pergunta preocupada.

- Eles atingiram minha mãe, de propósito, na minha frente. - Uma lágrima solitária cai de seus olhos, mas ela logo limpa com certa brutalidade.

- É só falar quem é, pegamos ele e entregamos na sua mão.

- Obrigada Uendel. - Ela fala indo na frente nos cobrindo, Victória vai logo atrás, Lucas atrás dela e eu atrás dele, os vapores seguiram pelo outro lado, vamos cerca-los.

Bando de filhas da puta do caralho. Esses merdas vão morrer tudo hoje, policiais nunca iriam matar uma mãe de família, nunca iria entrar aqui do nada e sem motivo, temo um acordo com a PD, isso aqui é filhos da outa de outra facção que tão querendo ganhar terreno, mas aqui no meu morro não, não na minha quebrada. Antes que algum filha da puta tome o meu império eh morro, sob meu cadáver vão conseguir alguma coisa, mas enquanto eu respirar nada disso passará para as mãos de outro maldito.

{...}

Continua...

Dono do Morro [DEGUSTAÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora