Capítulo 7

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Enquanto Regina parecia perfeitamente satisfeita em se sentar à sua penteadeira e agitar frascos de perfume, Emma se sentia cada vez mais inquieta.

- Esta cama é tão macia - ela comentou, enrolando-se no meio.

- O que você faria normalmente? - Regina perguntou, caminhando até a cama, mas abstendo-se de sentar nela apenas.

- Agora, eu estaria na escola. Caso contrário, eu não sei, assistir TV ou algo assim - Emma encolheu os ombros. - Há coisas mais divertidas que eu prefiro fazer, mas infelizmente, nós temos uma babá.

- Você realmente acha que teremos permissão para sair em seu carro hoje à noite? - Regina perguntou. Emma teve que rir da inocência da pergunta.

- Nós não teremos permissão. Esse é o ponto. Nós vamos esperar até que todos estejam dormindo, e vamos fazer isso de qualquer maneira - Emma sorriu.

- Por quê?

- Por que não?

- Você vai desobedecer seus pais?

Emma sentou-se, estudando a expressão perplexa de Regina por um momento antes de falar:

- Olha, aquelas pessoas, elas podem ter me feito, mas elas não são meus pais. Eles me abandonaram na beira da estrada. Eu não lhes devo nada.

- Eles parecem querer você agora - destacou Regina.

- Bem, isso realmente não muda como minha vida foi até esse ponto, não é?

- Eu suponho que não - admitiu Regina. - Eu simplesmente não conseguia imaginar desobedecer a minha mãe. Se ela me pegasse, ela iria...

- Ela faria o que? - Emma perguntou.

- Eu... eu não quero falar sobre isso - Regina suspirou.

- Tudo bem, eu sei o que é ter uma vida de merda - Emma sorriu, simpaticamente.

- Posso supor que "merda" não seja uma coisa boa? - Regina perguntou.

- Oh, uau, eu nunca ouvi ninguém dizer "merda" tão educadamente. E sim, definitivamente não é uma coisa boa. - Emma começou a rir novamente.

Regina olhou para Emma confusa, mas decidiu não pedir mais detalhes. "Merda" não soava como uma palavra que ela queria adicionar ao seu vocabulário, de qualquer maneira.

- Então, você ouviu Tinker Bell dizer que você é a prefeita? - Emma perguntou, de repente. - Você é a prefeita e eu sou o xerife. Você e eu basicamente administramos essa cidade. O quão maluco é isso?

- Eu duvido muito que eles nos queiram administrando a cidade em nossos estados atuais - disse Regina, finalmente, relaxando na cama.

- Não? - Emma riu. - Eu aposto que você tem as chaves para a cidade, no entanto, em algum lugar. Você deve ter um escritório. Você acha que Tink nos levaria lá?

Regina apenas deu de ombros.

- Você deveria perguntar a ela - Emma sugeriu. - Diga que você quer ver seu escritório. Aposto que ela nos levará para lá!

- Tudo bem, mas... - Regina começou, e se certificou de que ela tivesse a atenção de Emma antes de continuar - eu não quero me meter em encrencas.

- Tudo bem. Eu prometo que se nós ficarmos em apuros, eu vou levar toda a culpa. Tenho certeza que todos vão me culpar de qualquer maneira, já que você é doce e inocente, lembra? Além disso, eu estou acostumada com isso. David e Mary Margaret não parecem o tipo que me bateriaa, de cinto, na bunda, então eu não estou tão preocupada.

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