Capítulo 20

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Emma se mexeu nervosamente em seu assento no sofá ao lado de Regina, enquanto esperavam que Henry voltasse para casa. Eles estavam na sala de Regina e Henry devia chegar a qualquer momento. Emma podia sentir-se cada vez mais ansiosa a cada momento que passava, enquanto Regina parecia estar extraordinariamente calma.

- Pare de se mexer - Regina disse, colocando a mão na coxa de Emma para parar o toque nervoso de seu pé - ele já nos pegou, então isso não vai ser tão chocante para ele. Eu não sei o porquê você está tão nervosa.

- Nós tínhamos dezesseis anos quando ele nos pegou. Ele estava bem com isso, mas e se for esquisito para ele agora?

- Bem, se esse é o caso, então ele vai ter que se acostumar isso, não é?

Emma piscou surpresa para Regina. Ela não esperava que ela dissesse isso. Ela esperava que, se Henry fosse contra, Regina mudaria de ideia e chutaria Emma para o meio-fio.

- O que? - Regina perguntou, levantando uma sobrancelha quando notou a expressão estupefata de Emma. - Ele não é mais uma criança. Ele tem idade suficiente para entender que somos adultas e também merecemos a felicidade. E com você, Emma, ​​vejo minha chance real de um final feliz.

Emma sorriu. Ela não tinha considerado a ideia de ser o final feliz de Regina, mas ela gostou. Quando Hook lhe dissera a mesma coisa, isso só a assustou, porque parecia muita pressão indevida e ela não tinha certeza se poderia viver de acordo com o ideal dele. Mas com Regina... bem, com Regina era diferente, e Emma sabia exatamente o porquê.

- Você é meu final feliz também.

Regina sorriu, sabendo o quão importante era essa admissão para a Salvadora, a mulher que passava todo o tempo tentando garantir o final feliz de todos os outros, e nunca pensou no seu próprio.

- Mãe?

Os pensamentos de Regina foram interrompidos por Henry anunciando sua chegada no hall de entrada.

- Sala de estar, Henry - Regina chamou de volta, antes de pegar a mão de Emma e entrelaçar os dedos. Ela deu a Emma uma piscadela e um pequeno sorriso quando ambos se levantaram para cumprimentar Henry.

- Mãe! - Henry exclamou, uma vez que viu Emma de volta ao normal. Ele correu e passou os braços em volta dela, e Emma de repente lembrou-se de seus medos de dezesseis anos de idade, de que Henry não ficaria tão feliz em vê-la de volta como estava em ver Regina. Ela ficou aliviada que não era o caso quando ela o abraçou de volta com o braço livre.

- Hey, garoto - Emma sorriu quando ela se afastou do abraço.

Henry demorou dois segundos para reparar nos dedos entrelaçados de Emma e Regina e levantar uma sobrancelha questionadora.

- Então - Henry disse, timidamente, mudando seu peso de um pé para o outro – há alguma coisa que vocês duas queiram me dizer?

Desta vez, foi Emma quem decidiu assumir a liderança, como Regina tinha dado a notícia para Snow e David.

- Eu estou pegando sua mãe - ela deixou escapar. Ela pretendia dizer algo mais delicado, mas era tarde demais para isso.

Regina revirou os olhos, mas não pôde deixar de rir.

- Você não parece surpreso - ela comentou, notando o sorriso de Henry.

Henry encolheu os ombros.

- Quero dizer, namorar é melhor do que se agarrar por aí, certo? E, não é como se isso estivesse saindo do nada ou algo assim. Eu flagrei alguns beijos na sorveteria, lembra?

- Sim, falando nisso - Regina começou, seu tom tornando-se mais sério. - Precisamos ter uma conversa sobre Grace.

- Certo, garoto - Emma concordou. - Você tem quatorze anos e são muito jovens para estarem escondidos e fugindo de seus pais.

- Oh, é? Quantos anos de idade é suficiente, então? Dezesseis anos? - Henry perguntou, olhando para Emma. Ele quis dizer aquilo como uma brincadeira, mas o olhar no rosto de Emma dizia a ele e a Regina que Emma não achou graça.

- Henry - disse Regina, apertando a mão de Emma tranquilizadoramente. - Isso é injusto, Emma...

Emma levantou a mão para parar Regina.

- Está tudo bem - ela insistiu - eu entendi. Henry, eu sei que parecia que eu me divertia muito quando era adolescente, mas a verdade é que minha vida era uma droga. Eu não tive a mesma vida que você e eu sei que você sabe disso, mas o que eu não acho que você entende é que todas as coisas que eu fiz, fugindo e me metendo em confusão, foi tudo pela atenção. Eu só queria que alguém me notasse, e talvez eu não me sentisse tão invisível. Desnecessário dizer que não funcionou. Foi difícil para mim, garoto, e eu fiz muitas coisas das quais não tenho orgulho. E eu não quero ver você seguindo meus passos.

- Mãe, me desculpe.

- Está tudo bem, garoto. Se você quer namorar Grace, não podemos te parar, e eu, por exemplo, não quero de qualquer forma. Ela é uma ótima garota, mas vocês dois são crianças. Vocês não precisam crescer tão rápido. Basta lembrar disso.

- Tudo bem - Henry prometeu.

***

- Desculpe por ter orquestrado toda a conversa com Henry mais cedo - disse Emma mais tarde naquela noite. O jantar havia terminado e Henry estava fazendo o dever de casa e Emma e Regina estavam finalmente sozinhas no quarto, sentadas na cama. - Eu sei que a coisa toda de dar conselhos aos filhos não é exatamente o meu ponto forte.

Regina sorriu.

- Eu acho que você fez um trabalho maravilhoso.

- Se você diz - Emma suspirou.

- Ei - disse Regina, colocando as bochechas de Emma nas mãos e virando o rosto para que ela pudesse olhar em seus olhos - Lembre-se de sua oferta de mais cedo? Que eu poderia falar com você sobre minha mãe? Eu quero que você saiba, que o mesmo vale para você querida, se você quiser falar sobre qualquer coisa da sua vida e da sua infância, pode falar comigo.

Emma sorriu e inclinou-se para pressionar seus lábios em Regina para um beijo longo e profundo.

- Haverá tempo para tudo isso - disse Emma assim que separou dela - Mais tarde. Mas hoje à noite, vossa Majestade, lembro que você prometeu me corromper.

- Isso mesmo - Regina concordou com um sorriso subindo em seu colo - e eu acredito que você concordou em ser corrompida.

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