Capítulo 18

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Pedro

No desejo de não ver meus filhos errarem nem sofrerem como eu um dia, tracei todo um roteiro de vida e de disciplina pra eles que ao meu ver era o melhor, a melhor educação, os melhores passeios, roupas, presentes, procurava sempre formar neles um caráter honesto e integro, serem justos com as pessoas e tratar todos com respeito, nunca se achar melhor que ninguém por sua posição social ou cor de pele, isso não é ruim mas......o excesso vem quando passamos a traçar o futuro deles nos espelhando em nós, são nossos filhos gerados de nós mas....são pessoas, com pensamentos, desejos e seus próprios planos, quando nos deparamos com essa situação nos frustramos e encaramos isso como uma afronta, e é de certa forma, mas não é uma afronta a nós e sim a nossos planos pra eles espelhados em nós, foi justamente isso que aconteceu comigo e Fabrício, por sermos teimosos e orgulhosos, não aceitávamos nossos erros, mesmo quando ele saiu de casa eu continuei depositando dinheiro na sua conta e não retirei dele seu carro nem nada que tinha dado a ele, apesar de estar muito magoado não queria que passasse fome nem que dormisse na rua, coloquei um detetive na sua cola pra me informar caso ele se metesse em alguma confusão, como um dos motivos da nossa briga foi por conta de Fábio, eu providenciei uma escola nos Estados Unidos e ele começaria daqui a duas semanas, mandei ele encerrar a matrícula na escola que estava pra evitar que ficasse exposto e corresse perigo já que estava sendo seguido diariamente, fui com Letícia e com César pra resolver isso quando na saída encontramos com Fabrício, tive vontade de dar um abraço no meu filho mas meu orgulho foi mais forte e eu simplesmente passei direto e fui pro carro, depois desse dia não o vi mais, eu estava no escritório e ia viajar pra resolver algumas pendencia quando o investigador me ligou avisando que ele e Fábio tinham sido levados por uns caras em um carro preto, parei tudo que estava fazendo e mandei que seguisse o carro e me informasse tudo, quando ele me disse em que direção foram logo percebi que o assunto seria sério,  o investigador não poderia entrar no território por ser perigoso e dominado pelo tráfico, foi ai que tive que contar com o apoio da polícia, cada segundo que passava eu ficava ainda mais aflito, liguei pra César e pedi que viesse me encontrar em um determinado ponto, não nos deixaram entrar, ouvi um tiro e foi quando a polícia invadiu, depois foram vários e vários tiros, o que me deixava cada vez mais desesperado e quando olho pro lado não encontrei César, sai procurando feito louco quando ouço seus gritos vindo de uma estrada, quando chego encontro César chorando com Fabrício nos braços desfalecido no chão e uma arma ao lado, imediatamente carreguei ele até o carro e levamos ao hospital, não sabia se tinha sido grave ou não mas graças a Deus e as orações de minha esposa a bala não penetrou em seu crânio, como um milagre a bala tinha batido em sua testa e estourado fora, ele tinha uma cicatriz mas nenhum ferimento, o desmaio foi proveniente ao barulho do estrondo da bala, os médico falaram que nunca tinha ouvido nem visto nada igual, quando ele recebeu a liberação do médico levamos ele pra casa e assim que chegamos levamos ele pro seu quarto, Letícia ao ver nosso filho abraçou ele e beijou tanto agradecendo a Deus por ele estar vivo, parado ali vendo aquela cena comecei apensar que eu estava errado o tempo todo, e que minha esposa sempre esteve certa, Deus existe e ele acabou de fazer um milagre na vida de nosso filho, eu estava diante da comprovação da existência de Deus e não tinha como negar nem contestar isso, decidi assumir também na minha vida esse Deus que minha esposa servia e que era realmente vivo e verdadeiro, mas essa decisão não seria assim tão fácil como pensei que fosse e muitas lições eu aprenderia no decorrer dessa minha nova vida

CONTINUA.....

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