-- O que você está fazendo aqui? - questionei o olhando surpresa.-- Posso entrar? - me olhou retirando os óculos escuros que usava.
-- Você ainda não respondeu a minha pergunta! - ditei seca, me apoiando no batente da porta.
Não deveria ter tomado tanto Soju.
-- Eu só quero conversar, por favor me deixa entrar! - pediu e eu olhei pensando mesmo se deveria.
A minutos atrás eu estava chorando por causa dele, e tenho a infelicidade dele bater na minha porta. Mas se eu realmente quiser ter paz, e ter as respostas das tantas perguntas que me perseguiram durante esses anos, tenho que me sujeitar a isso, tenho que ouvir o que ele tem a me dizer, mesmo que seja tudo mentira e que eu não acredite em uma palavra se quer, que ele disser eu preciso disso.
Me afastei do batente dando passagem para que ele passasse.
Virei na sua direção e vi ele descer os pequenos degrais que tinham da porta á sala, parando no meio dela e olhando tudo ao redor, parecia observar admirado.
-- O quê você queria falar comigo? - Como se eu não soubesse do que se tratava. Perguntei fazendo o mesmo caminho que ele e parando a poucos metros do mesmo.
-- Achei que você já imaginasse do que se tratava. - soltou calmante, e eu neguei com a cabeça - mentindo. - Bem...eu queria falar sobre tudo que aconteceu no passado e... sobre "nós". - concluiu receoso.
-- Ok, que você queira falar sobre o quê aconteceu a alguns anos tudo bem, eu também tenho perguntas a fazer e coisas que quero esclarecer. Mas que "nós"? O que podemos discutir sobre isso? Sobre algo que se quer existiu?! - soltei e pude ver a surpresa em seus olhos, acho que não esperava que eu fosse tão direta.
-- Bruna...eu sei que eu fui um babaca, que eu te magoei e te fiz sofrer. Mas não tenha dúvidas do amor eu sentia por você... Do amor que eu sinto por você. - soltou tristonho, eu se quer pude olhá-lo.
-- Amor. Jimin? Que amor? - vociferei incrédula em como ele podia ser tão hipócrita. Como ele poderia dizer aquilo depois de todos esses anos. Eu vi, vi com os meus próprios olhos ele com outra e ainda tem a coragem de dizer que me ama. - Você se quer sabe o que significa essa palavra? Eu acho que não!
-- Tanta coisa aconteceu naquela época, tanta coisa... Eu queria poder ter te contado, realmente queria. Mas não pude, eu simplesmente não pude!
-- Você não pôde? Não pôde dizer que estava apaixonado por outra pessoa, que você não queria mas ficar comigo, teve que vir com àquela mentira de que tínhamos que dar um tempo, que não estávamos mas dando certo. - soltei amarga o vendo ouvir de cabeça baixa. - Por todo o tempo que estivemos juntos, tudo o que você fez foi mentir pra mim Jimin, só mentir!
-- Apaixonado por outra pessoa? Da onde você tirou isso? Eu disse pra você que àquela tarde na cafeteira, que o motivo de eu querer um tempo não era outra pessoa, não era e nunca foi! Por que você não entende? Não entende que todos esses anos eu sofri longe de você. Todas as vezes que fui a sua casa e você não me atendeu, até que recebi a notícia quê você havia vendido a casa aonde morava, você não sabe o quanto eu fiquei desolado sem notícias suas, sem saber para onde tinha se mudado. Achei que àquele era meu fim, que eu nunca mas veria você...- se aproximou olhando em meu olhos - que eu nunca mas olharia em seus olhos ou veria seu sorriso!
Eu ouvia tudo calada... não estava conseguindo assimilar tudo isso. Meu coração estava batendo cada vez mais forte sem cessar dentro do meu peito, e sua aproximação não me deixava pensar, sentir seu cheiro, seu calor, sua presença era inebriante pra mim. Mas tentei me recompor, não o deixaria notar minha fraqueza.
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I Hate you, I Love You... || Park Jimin
Fanfiction" - Bruna, espera! - ele disse assim que virei o corredor. " " - O que você quer Jimin? - disse seca." " - Podemos conversar? - disse olhando em meus olhos." " - O que? Não! - disse o olhando incrédula." " - Por favor Bruna! - ditou em tom sofrido."...