Capítulo 2- Lembranças de um passado Triste. Bianca

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A reunião é entediante e demorada, quando ela acaba quase saltito de felicidade. Nate prestou atenção na reunião toda, enquanto eu desenhava, mascava chiclete e tentava não olhar para Kaleb. Tentativa totalmente falha.
"Amanhã vocês iram começar as aulas, mas como vocês são adolescentes não vão aguentar ter aulas o verão inteiro, as aulas serão em um acampamento. Então estejam aqui na escola as sete, o ônibus sai oito, por favor não se atrasem" o professor Philip avisa para todos, que sorriem.
  Saiu da escola e vou andando em direção a minha casa como sempre faço quando Nate grita meu nome atrás de mim.
"Sério, você não sabe me deixar em paz? Já vai me ver o verão inteiro" eu me viro e paro a um metro dele.
"Primeiro que eu vivo para te encher o saco e em segundo eu sou se vizinho lembra?" Ele dá risada e passa por mim.
"Como eu poderia esquecer, vejo você com uma menina diferente a cada mês. Ainda me repreendo mentalmente por ter escolhido o quarto cuja a janela é na frente da janela do seu quarto" eu aperto o passo para alcançar ele.
"Eu não posso fazer nada quanto a isso, também não é nada legal ver você ficando com os caras" ele faz uma careta como se lembrasse de algo e dou um tapa no seu ombro de modo brincalhão "E seu pai? Como ele está? Minha mãe disse que ele está bem melhor" ele pergunta mudando de assunto, infelizmente um não muito agradável.
  Meu pai tem leucemia a cinco anos, ele descobriu a doença quando eu tinha só dez anos. Desde então ele vive de consultas, remédios, cirurgias, tempos bons e tempos ruins. Ainda tenho fé que ele vai melhorar, mas ela diminui a cada consulta com os médicos e luto todo dia para que ela não se vá.
"Ele está bem, os médicos disseram que a situação dele está estável, mas que pode piorar a qualquer momento" eu digo olhando para baixo  evitando olhar para ele.
"Ei tudo bem, ele é forte. Vai melhorar você vai ver" Nate sorri para mim, sinto vontade de agradecer, mas simplesmente fico quieta.
  O restante do trajeto é feito em silêncio, e só nós despedimos quando chegamos na frente de nossas casas.
   Observo quando Nate entra em sua casa e sorriu ao lembrar das aventuras que vivemos juntos... 

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