Acordo as cinco para arrumar todas as coisas, ligo para Bianca, mas ela não atende. A luz de seu quarto ainda está apagada. Sério que ela está dormindo?
Quando dá seis horas vou até a casa da Bianca e toco a campainha várias vezes. Ninguém atende, me viro para ir embora quando a porta se abre e Bianca aparece resmungando.
Ela está usando uma camisa fina de seda preta com shorts combinando, a camisa detalha bem as curvas de seu corpo, assim como o shorts, que é curto e realça sua bunda. Tento me concentrar e não medir seu corpo de cima a baixo, mas é impossível.
"Terra chamando Nate" ela grita e me tirando do transe em que estava "vai entrar ou ficar aí me olhando? Parece que nunca me viu de pijama" ela revira os olhos. De fato não é a primeira vez que vejo Bianca de pijama, mas PORRA como ela tá diferente. O tempo realmente fez bem a ela.
"Olha o jeito que você vem abrir a porta, como não quer que eu olhe." aponto para ela, que revira os olhos e mostra o dedo do meio " Desculpa to só zoando, mas seu corpo mudou para caramba. Não é atoa que os caras babam por você" eu entro e fecho a porta. Rio quando ela ergue a sobrancelha como se eu tivesse falado uma coisa inacreditável.
"Os caras não babam por mim, a maioria deles nem sabem da minha existência" ela diz tentando acreditar nas próprias palavras.
"Então tá Bianca, cadê sua mãe é a Kayla?" Pergunto enquanto subo a escada junto com Bianca.
"Foram em uma consulta com o meu pai" Bianca explica e consigo perceber a tristeza em sua voz.
"Como sua irmã está? Faz um tempo que não falo com ela" mudo de assunto, pois sei como falar da doença de seu pai abala ela.
"Está bem e faz um tempo que não fala com ninguém da minha família" ela ri "isso que dá ser um idiota" Bianca diz brincando, mas mesmo assim fico um pouco triste. Me sinto mal todos os dias quando lembro do ocorrido ano passado.
Quando Bianca abre a porta de seu quarto vejo que muita coisa mudou desda última vez que eu estive aqui: sua cama está encostada na parede ao lado da porta com uma roupa de cama preta e com almofadas roxas, embaixo da janela ainda está o banquinho em que sentávamos é conversávamos por horas, o guarda roupa com um espelho gigante encostado na parede oposta à de sua cama, uma estante com seus livros, o criado mudo com as fotos com suas amigas e sua irmã e logo acima de sua cabeceira um mural de fotos - fico meio desapontado ao não ver foto comigo, mas isso já era de se esperar - e suas paredes estão cobertas de postres de bandas.
Bianca senta em sua cama e fica me olhando observar o quarto que não via a muito tempo.
"Você não vem aqui a um tempo né?" Ela pergunta olhando em volta.
"Desdo ano passado, não faz pouco mais que um ano, mas muita coisa mudou, inclusive você" eu olho para ela por uns segundos.
"Mudei nada, você acha isso porque não nós falamos a um tempo" Bianca se levanta e vai até o guarda roupa.
"Mudou sim, mas depois discutimos isso. Está pronta?" Pergunto a ela que está virada de costas para mim pegando umas bugigangas no guarda roupa.
"Estou, só falta tomar banho e me trocar, deixei minha mala pronta ontem"
"Tá..." gaguejo quando ela abaixa para pegar uma blusa que caiu no chão, o shorts marca ainda mais sua bunda e me forço a olhar para o teto.
Bianca entra no banheiro que fica dentro de seu quarto e sai trinta minutos depois vestindo uma calça jeans clara e um moletom preto largo, mas por conta dos seus seios volumosos, fica um pouco apertado. Saímos da casa da Bianca e andamos em direção a escola.
Ficamos o tempo todo em silêncio e quando chegamos na escola ela vai para um lado e eu para o outro...
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Amizade quando existe amor
Roman d'amourAs vezes no vida encontramos pessoas que nós vem como somos, não como queremos ser vistos. Para mim isso aconteceu no final do primeiro ano do ensino médio, só que essa pessoa já existia na minha vida. Nate O'Connel na época era um dos garoto mais...