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[19/02 23:15 AM]

Era uma noite chuvosa no Centro de Seoul. O céu estava claro; Do mesmo dava-se para ver os relâmpagos o clareando mais e podia se ouvir e sentir o estrondo dos trovões fortes.

De repente as nuvens se moviam rápido e formavam-se em um só círculo em torno da Lua. Apenas um repórter se arriscou a ir ao local para dar informações aos poucos telespectadores que também arriscava ficar com a TV ligada.

-Olá, Boa noite. Sou o repórter Boo Seungkwan trazendo notícias sobre a tempestade repentina aqui, no centro de Seul.- Kwan estava usando um moletom grosso por baixo da capa de chuva e estava com o guarda chuva aberto que cobria sua cabeça e estava sendo muito difícil de ser segurado... O repórter não podia fazer mais nada, já havia entortado seu guarda chuva 3 vezes antes de começar a gravação ao vivo que seria repostada mais tarde.- Esse temporal está sendo considerado mais forte do que a tempestade que houve, no dia 28 de Julho de 2011 que deixou 53 pessoas mortas. Dessa vez, não foi chegado nenhuma informação de morte ou desaparecimento. Vento de quase 70 quilômetros por hora e cinco graus abaixo de zero.

Quando Seungkwan calou a boca, um estrondo se ouviu muito forte, o repórter se assustou e deixou seu guarda chuva que logo foi levado pela corrente de vento, e de lama que já se formava no chão.

Boo puxou o capuz de sua capa e tentou continuar a reportagem, mas sua equipe fazia sinal para ele parar, enquanto algumas pessoas sinalizavam que estavam indo embora.

-Isso é tudo! Estamos finalizando a reportagem, tenham uma boa noite.- A equipe de Boo Seungkwan e ele já havia ido embora, mas a tempestade não havia cessado.

Quanto mais tempo passava, mais forte ficava a chuva.

Então quando era 23:59 AM, ouviu-se um estrondo maior do que qualquer seguido de um terremoto de 3,7 de magnitude.

Nunhuma câmera havia filmado, mas assim que houve esse terremoto, cessou toda tempestade; As nuvens voltavam a ser poucas; e o céu se enchia de estrelas.

Poderíamos dizer que nada tinha acontecido, se não fosse um buraco leve que estava no meio de uma encruzilhada com um corpo completamente nú jogado. O corpo de um garoto.

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O garoto loiro, despertava numa maca de hospital, sentindo dor, mas não sabia oque sentia.

Era novo nessas coisas, era novo no mundo apesar da idade um pouco avançada.

Ele se sentou encarando as paredes brancas achando que há havia voltado para onde ele tinha saído. Mas logo discordou vendo uma mulher alta, vestida de branco com uma prancheta na mão.

-Você acordou!- O loiro encarou ela e pensou já ter-la visto antes para a mesma chegar com intimidade.- Sou a enfermeira Kyung Soon, você se lembra de alguma coisa? Tentamos descobrir sua genética pelo sangue... Mas parece que você não tem DNA, oque impossível. Acharam você sem identidade, e até sem... roupas. Desculpe estar falando muito, pode me dizer seu nome?

-Meu... Nome? o meu nome?- O rapaz tentou lembrar das informações que lhe foram passada- Kim... Kim Taehyung?

-Ok senhor Kim, quantos anos você tem?

-Estamos em que ano?- Perguntou, Taehyung estava de todo modo perdido e atordoado.

-Dois mil e dezenove?- Respondeu a enfermeira como se fosse óbvio.

-Eu sempre existi...- Essa era a resposta que Kim queria dar, o mesmo odiava mentir, mas tinha que seguir as regras, pelo menos uma vez. Kim novamente pensou e lembrou- Tenho 23 anos.

O rapaz sentiu um incômodo nas costas e tentou olhar, oque lhe causou mais dor ainda.

-O que vocês fizeram?- Pergunta levantando da maca indo em direção a Kyung que se afasta um pouco.

-Você tinha dois cortes profundos... só deram uns pontos porque estava sangrando muito.

-Tire esses pontos- Prendeu Kyung Soon na parede que negava sem parar- Agora.

Os olhos de Taehyung não estava azul de quando ele estava tranquilo, ou castanho de quando ele estava neutro. A cor preta estava tomando todo seu globo ocular. Taehyung estava furioso; Como ousaram tentar fechar o lugar de sua asa, de sua querida asa que logo nasceria novamente.

Kim bateu a mão na parede ao lado do rosto de Kyung fazendo barulho alto suficiente para a mesma se assustar e sair por baixo do braço do mesmo indo até uma prateleira pegando uma tesoura e apontando para Taehyung sentar na maca novamente e o mesmo fez.

A enfermeira desabotoou a camisa hospitalar com seus dedos trêmulos e passou a tesoura no meio dos cortes, partindo as linhas de nalho.

-Agora irá doer um pouco- A enfermeira avisou baixo enquanto tentava não gaguejar.

Puxou o resto de linha de dentro do corpo de Taehyung que não demostrou nenhum sinal de dor ou incômodo. O sangue logo voltou a escorrer pelas costas de Taehyung e a enfermeira correu para pegar um algodão e álcool para jogar em cima da ferida.

Quando terminou não sabia como iria olhar para Taehyung ou oque deveria fazer. Então se curvou e saiu quase correndo do quarto.

Taehyung sorriu ladino e colocou novamente a camisa.

Retirou a agulha que incomodava em nas costa de sua mão rapidamente e passou a língua no ponto de sangue que saía de lá.

Saiu da sala e logo saiu do hospital.

Taehyung andava pelas ruas de Seul impressionado. Na havia visto, mas a vista de cima não é tão bonita. Agora ele podia sentir aquilo.

Sentiu uma pontada novamente em seu corte e sorriu. Ele estava gostando daquilo, mesmo não sabendo o nome.

Sim, Taehyung não sabia oque era nenhum desses sentimentos humanos, a não ser ruim e bom.

E pretendia entender o mais rápido possível. O dia estava ensolarado mas para Taehyung era simplesmente perfeito.

Uma gota de suor escorreu pelo seu rosto e Kim passou-lhe o dedo e levou até a boca, achando que era de comer. Mas se arrependeu assim que feito.

Tentou cuspir mas o cuspe havia grudado em seu queixo.

Abaixou-se no meio da multidão, passou a mão no queixo e passou no chão.

Levantou-se rapidamente e ficou tonto. Chacoalhou a cabeça pois não estava gostando daquilo, achava mais do que ruim; achou horrível. Continuou andando admirando as lojas e viu pontinhos pretos.

Tentou tocar mas os pontos cobriu a sua mão.

Viu um nome grande escrito "Livraria". Decidiu entrar. Vai ver lá conseguia entender as coisas que estava acontecendo.

Assim que abriu a porta ouviu o som do sino chacoalhar em cima de sua cabeça. Andou pelo corredor cheio de livros até achar um que era do seu agrado.

Pegou e sentou-se em uma cadeira que estava ligada a uma mesa grande no fim do corredor.

Leu a sinopse com dificuldade. Sentiu sua cabeça pesar e achou que se apoisse a mesma em sua mão melhoraria. Mas quando mexeu seu braço sentiu uma dor imensa, que fazia ele querer gritar, mas conteve.

Os pontinhos eram muitos dessa vez e quase não via nada. Mais suor estava escorrendo, mas dessa vez era em todo seu corpo. Taehyung sentia calafrios. Escorou sua cabeça na mesa e apertou os olhos, depois disso ele apagou.

Sweet Demon; ᴋᴛʜ+ᴋsᴊOnde histórias criam vida. Descubra agora