Capítulo 3 - Me espera - parte 2

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POV Klaus

Acordei sozinho, meu corpo gelou. Katherine de novo, pensei num segundo de pânico, achando que tinha sonhado de novo e ainda estava no inferno. Minha respiração raivosa e frustrada logo cessou ao ouvir seus passos na minha direção.

— Klaus, aleluia, eu já estou com tudo pronto! Levanta dessa cama antes que você se funda com o lençol! Você não dormia no inferno não? – Caroline, só ela podia dizer algo estapafúrdio desse jeito e me deixar sorrindo que nem um otário.

Ela sentou na beirada da cama, acariciou meu rosto com delicadeza e beijou a minha boca, colando seu corpo ao meu ainda sentada meio que de lado. Eu me mexi só o suficiente para segurar sua cintura com uma mão e o quadril com a outra a trazendo pra mais perto e a montando no meu colo enquanto tomava a boca que há muito tempo era minha, mas só agora eu tinha a certeza de possuir.

— Klaus – ela interrompeu o beijo, mas permitiu que minhas mãos continuassem passeando pelo seu corpo esguio.

Eu tinha uma obsessão por essa mulher, isso é fato público, mas esse calor que me toma e me domina agora é algo novo e muito gostoso de sentir. Olhar pra ela e ter a certeza que ela está aqui, que é real e eu não estou de volta ao frio, à dor, é surreal. Eu me sinto um budista muito evoluído sempre que ela sorri pra mim, pois tudo que eu sinto é amor e gratidão. Eu virei minha irmã Rebekah, uma garota chorona e apaixonada pela vida no corpo de um hibrido sanguinário conhecido pelas suas atrocidades. Meus inimigos se sentiriam ofendidos se vissem no que eu me transformei. E eu não me arrependo de nada.

— Eu estou falando com você – ela chamou minha atenção rindo e puxando meu rosto pra cima ainda esparramada no meu colo.

Dei um selinho na sua boca, fiz cara de sério e apoiei minhas mãos pra trás no colchão, deixando meus músculos tensos e expostos, distraindo-a por um longo segundo, talvez dois. Ela percebeu o que eu estava fazendo, empurrou meu peito e escalou uns 30 centímetros, parando sentada em cima do meu estômago em vez do meu pau, que já estava sentindo sua falta. Ela segurou minhas mãos juntas nas dela e disse ficando séria:

— Se comporte.

— Sempre. – respondi obediente, brincando com as mãos dela nas minhas.

— Você precisa decidir se vai ver a Hope hoje antes de partimos ou não – sua voz soou tensa.

— Ela sabe o que aconteceu? Que eu estou aqui?

— Não. Ela sabe que eu vou tentar algo assim, mas não sabe que já foi feito nem que deu certo. Elas acham que eu estou indo viajar para encontrar uma forma de te trazer de volta.

— Eu vou vê-la, mas não vou deixar que me veja – digo com o coração doendo, sabendo exatamente que posso estar desperdiçando minha última chance de abraçar minha filha se tudo der errado.

Caroline apenas acena concentrada em não dar uma opinião. Eu não preciso explicar porque não quero dar esperanças a Hope de que seremos uma família novamente para depois fazê-la passar por isso tudo de novo. Ela não tem condições de perder mais ninguém na vida. Caroline trava uma luta com sua opinião por mais alguns segundos e finalmente consegue engoli-la. Ela não diz e eu não pergunto. Às vezes é melhor assim.

Ela desce pelo meu corpo e deita sobre mim num abraço apertado, seu rosto descansando no meu ombro e suas pernas esmagando as minhas coxas levemente. Ficamos nessa posição por algum tempo, mas ela não relaxou. Beijei seu rosto e nos virei, ficando de frente pra ela, pernas ainda entrelaçadas, me apoiei no braço e acariciei seu cabelo, arrumando algumas madeixas atrás da orelha.

50 Shades Of KlarolineOnde histórias criam vida. Descubra agora