POV Caroline
Klaus entrou em casa e me deu um friozinho nervoso de tê-lo ali, no meu espaço. Era como se já pertencesse a ele pela forma que se fez presente no vazio que antes transbordava de mim pra todo o espaço. "Você é cheia de luz" sua voz ecoou na minha cabeça, misturando passado e presente, a memória da primeira vez que ele me disse isso e a repetição agora. Seu sorriso sincero era mais poderoso que seu veneno de hibrido, me destruía e desarmava muito mais rápido. Quando ele sorria pra mim, o sorriso se espalhava por todo o seu rosto e eu sempre me sentia especial por isso, ainda que secretamente, sempre me senti talvez até um pouco bajulada por ser a causa de uma emoção tão genuína e pura vinda de alguém tão escuro e tenebroso.
— O que foi? – ele perguntou se aproximando, notando minha confusão.
— Me perdi numa memória. – respondi olhando profundamente nos seus olhos, evitando o caminho pra sua boca.
— Boa ou ruim? – sua sobrancelha arqueada perguntava algo diferente das suas palavras.
— Com você. – respondi à pergunta da sobrancelha, ignorando a que ele realmente fez.
— Vou assumir que fosse ruim então. – ele provoca, caçando declarações.
— Cala a boca, seu biscoiteiro. – respondo rindo e ele ri junto.
— Biscoiteiro? – Ele ri mais alto. — Quantos anos você tem? Doze? Caroline você já foi melhor que isso. – ele alfineta.
— Nem todo mundo tem o dom das palavras Niklaus.
— Você é boa em outras coisas. – ele declara, agora sem cinismo, com um olhar penetrante direto na minha boca, fazendo com que eu pressione meus lábios um no outro pra conter o formigamento que seu olhar provocou.
É ridícula a resposta do meu corpo ao dele. Eu sinto que se eu desse ao meu corpo a escolher entre mim e Klaus e ele pudesse de fato escolher, ele pegaria uma meia do chão e sairia rebolando pro Klaus gritando que era um elfo livre e fiel a um único mestre, o dono da boca mais gostosa que eu já provei na vida, o demônio diante de mim, o meu demônio favorito, que eu mesma arranquei do inferno a ferro e fogo porque descobri que não sei viver sem a presença dele no mesmo plano que eu.
— Você viu sua filha? Perguntei dando um passo pra trás assim que ele ameaçou avançar na minha direção, evitando qualquer contato mais intimo propositalmente. Ele entendeu a deixa e não forçou a barra, perambulou pela casa, escrutinando cada centímetro no seu caminho, parando em frente ao bar e se dando um tempo para escolher sua bebida.
— Posso? – perguntou com demasiada educação pra ser real.
— Por favor. – respondi sentando no sofá e esperando que ele me servisse também.
Ele encheu seu copo de whisky sem gelo e colocou duas pedras de gelo no meu. Eu nem me lembrava da última vez que tinha bebido em casa, não faço ideia de onde saiu esse gelo. Eu tenho negligenciado várias coisas nas últimas semanas e o stock do bar era a última coisa que me passaria pela cabeça.
— Ela está linda, forte, quase feliz. A escuridão no seu olhar lembra a minha, talvez a única coisa que ela tenha herdado de mim.
— Os olhos da Hope são claros Niklaus, não tem nada de escuro nos olhos dela.
— Nem nos meus, Caroline. Nem nos meus. Mas quando você olha dentro deles, você sente frio. – Ele se aproximou se agachando diante de mim se apoiando nos meus joelhos deixando os olhos expostos bem perto do meu rosto.
O beijo que eu estava contendo veio como um raio, ardente e eletrizante, pude ouvir o estalar da sua boca na minha antes de sentir a pressão da sua língua abrindo meus lábios como se fosse uma extensão da sua. Suas mãos me puxaram mais pra perto segurando a minha bunda, ajoelhando no chão e me trazendo e encaixando em cima, dando um ângulo perfeito para que ele explorasse meu pescoço e seios com a boca e ainda ficasse com as mãos livres pra me incendiar.
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50 Shades Of Klaroline
FanfictionApós a finale de The Originals, Klaus é recebido no inferno em clima de festa. Seus inimigos comemoram sua queda comandados por ninguém mais ninguém menos que Katerina Petrova. Katherine e Caroline barganham sua alma e entram num acordo dos inferno...