A minha mente

Eu (pt.2)

     Eu sozinha, triste e com depressão. Experimentei tudo que tinha ao meu alcance, para me moldar, para definir quem eu queria ser.
     Mesmo entristecida com você e outra, eu me deixei sentir. Só outra pessoa foi importante para mim nesse período, não como você, nenhum será como você. Eu confiei nele, vivi uma coisa diferente, eu o amei, não como amei você, mas como amo um amigo que sempre significará.
     Com ele, eu percebi todas as coisas que havíamos errado e que tinha de errado em mim. Não precisava de muito tempo para notar o tanto que eu deveria ter agido diferente, nesse meio tempo, eu já não falava mais com você, já não era mais importante. E ele já não era mais "ninguém", e eu fiquei mais uma vez, sozinha.
      Quando você voltou a falar comigo, foi aos poucos, uma palavra cuidadosa, e eu pensava que você iria enjoar de novo de mim e me deixar, eu lembrei varias vezes daquela música: "você disse que não faria, mas fez" era um dos trechos que me lembrava, você me abandonou. Mas eu nunca fui "santa", eu errei e assumo todos os meus erros, que eu quero me desculpar.
        Quando você voltou, eu voltei aqueles inúmeros sentimentos que eu não sentia por ninguém, eu voltei a confiar em você em apenas 2 segundos. Você sempre mexeu tanto comigo que me desconfigurava 100%, você não me amava, você amava aquilo que vivemos. Então, você terminou. E um dia, eu te senti novamente.
     Um dia, tudo mudou de novo.

***
    Hoje, eu modifiquei completamente quem eu sou, pois eu não tinha uma identidade, eu tinha uma imagem de quem eu deveria ser, então eu errava. E como errei contigo, mas te amei.
     Quando eu pude senti-lo de novo, foi como um mar de sentimentos, intenso e que pega desprevenido. Eu te senti, ali comigo. De novo, eu passei meses ao seu lado mas tão distante que não era nada, era apenas dois amigos, ou conhecidos sentados um ao lado do outro. Sem sentimento qualquer, ou interação.
       Após esse dia, eu senti tua língua, e os efeitos que ela gera em mim apenas com um toque, de eletrizar meu corpo por completo, todas as partes. Quando você me deixou ter esse acesso ao teu corpo enquanto tinha acesso ao meu, vivemos um momento de 5 minutos que para mim durou como nossos 2 anos.
        Retomamos uma amizade, que para mim, era como um fio de esperança que nos uni de longe, para você: era como uma velha amiga que despertava velhas lembranças.
Hoje, continua na mesma linha, velhos amigos com lembranças tão intensas que não nos fazem desgrudarmos