Capítulo Quatro | Stronger

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Baby you don't know me, 'cause you're dead wrong

What doesn't kill you makes you stronger

Stand a little taller

Doesn't mean I'm lonely when I'm alone

What doesn't kill you makes a fighter
Footsteps even lighter

Doesn't mean I'm over 'cause you're gone

What doesn't kill you makes you stronger, stronger

Just me, myself, and I

What doesn't kill you makes you stronger

Stand a little taller

Doesn't mean I'm lonely when I'm alone


Stronger - Kelly Clarkson

Maximiliano Sartori

Coloco o paletó e arrumo a gravata, é a mesma coisa que eu faço todos os dias para ir trabalhar, mas hoje é diferente, o ar está mais pesado, uma sensação ruim se instalou no meu peito, a mesma vontade de fugir ainda está comigo, não sei quando eu voltarei ao normal, talvez esse seja o meu normal quando estou perto da minha família, está sempre na defensiva, pronto para o próximo golpe.

Pego a minha pasta e saiu de casa, tento fazer de tudo para que não tenha que encontrar o meu pai, o jantar de ontem foi sufocante, a nossa família não é perfeita e tentar fingir faz com que eu tenha nojo disso tudo, desse teatro.

Combinei de ir visitar a empresa dos Valentino, eu quero realmente entender o que há por trás desse casamento, eu passei muito tempo longe, mas não quero que o meu irmão se machuque de forma alguma, Giovanni não merece sofrer, ninguém merece mais essa é uma consequência de estar vivo, de se arriscar, eu sei disso só que por outro lado, eu quero protegê-lo até onde eu puder.

O hall da empresa é lindo, tem algo que me chama a atenção, existe uma atmosfera que faz com que a sensação ruim vá embora, faz com que o pânico passe por um breve instante.

A recepcionista pede para que eu aguardar um segundo, faz vários telefonemas e me sorri sem graça, a sua vergonha parace aumentar quando o elevador abre, ela olha pra moça e depois para mim, Ambra D'Angelo não está de bom humor.

— Sua guia de hoje — A recepcionista fala baixo.

— Obrigada por me chamar, Alice — Ambra sorri para ela de forma gentil e libera minha entrada com o seu crachá.

Ela começa a andar em direção ao elevador e eu só a sigo, nós temos que nos dar bem, eu imaginei que ela seria diferente, de certa maneira eu nem a conheço, mas a algo mais nela, um mistério que precisa ser desvendado, mas se ela vai fazer parte da "família"  nós temos que nos dar bem.

— Dia ruim ? — Pergunto quebrando o silêncio do elevador, ela me olha como se eu tivesse acabado de falar o maior eufemismo.

— Eu tendo a ter dias ruins quando sou tirada do meu trabalho para servir de guia turístico — Ela termina de falar e me dá um sorriso falso.

— Eu não chamei você, só aceitei um convite, convite do seu pai para conhecer a empresa, já que parece que seremos uma só família — Falo isso com uma pontada de ironia.

Descobrindo o amor - Série Os D'Angelo (VOL. 4 )Onde histórias criam vida. Descubra agora