revisado.
Sentamos todos na mesa de quatro lugares, eu e a Beck uma do lado da outra, André na minha frente e o senhor José ao seu lado.
A mesa estava servida e posta, de comida havia lasanha e arroz, para beber Coca Cola.
José: Emilly eu não sei como era na sua casa mais aqui temos um costume de darmos as mãos e orarmos antes de comer.
Fico sem palavras e sem reação diante daquelas palavras ditas por ele. Apenas assinto e dou as mãos ao André e a Beck.
Nos servimos e durante quase todo o almoço eu fico pensando no que ele disse, fazia tempo que eu não orava, fazia tempo que não estava junto com minha família fazendo coisas que famílias fazem. Me lembro bem que lá em casa também era assim, antes de toda refeição orávamos juntos e toda manha depois ou durantes o café da manha meditávamos na palavra de deus juntos.
Morávamos em um sitio em família, no interior da cidade, ou seja, todos estavam muito juntos, morava quase toda a família no mesmo sitio, comíamos juntos todas as refeições, eu meus pais, meus avós, tios e mais uma penca de primos. As pessoas estão corretas quando dizem que pessoas da roça gostam de ter filhos porque a minha família teve um monte, tanto meus avós quanto meus tios. A única que mudou isso foi minha mãe, que teve apenas eu mesmo gostando de família grande, herdei isso dela.
Sentia falta disso, de estar com todos eles e de orar e falar com Deus, me lembro que falava com ele a todo instante e gostava tanto, tínhamos muita intimidade e todos na igreja sempre me falava que era admirável ver uma jovem como eu tao ligada àquele Deus tão maravilhoso, mais isso mudou.
Quando o André e seu pai se levantaram para recolher os pratos eu disse a minha primeira palavra desde que começamos a comer.
Emilly: vocês são cristãos?
José: somos sim.
Rebecca: e com muito orgulho.
André: você também é?
Derrepente sinto um nó muito grande na minha garganta e a única coisa que consigo fazer diante a essa pergunta aparentemente simples mais com um significado forte é balançar minha cabeça, respondendo de forma negativa a sua pergunta.
Emilly: com licença.
Levanto da cadeira e vou em passos largos até o banheiro, fecho a porta e me apoio na pia, encarando meu reflexo no espelho.
Onde foi que eu me perdi tanto? Quando foi que eu deixei de ser aquela garota que era admirada por todos por ter um intimidade tão grande com deus? Quando foi que eu m tornei essa garota que passou a gostar tanto de bebida?
Se eu estivesse perto de todos aqueles que eu conhecia antes de tudo o que eles achariam de quem eu me tornei?
Eles teriam vergonha?
Não chego nem perto de ser aquilo que eu era antes.
Sou uma pessoa sozinha, que ingeria uma taça de vinho a cada refeição, nunca gostei de drogas e nem cheguei a encher a cara a ponto de ficar bêbada e perder os sentidos mais não posso negar que gosto ou gostava de beber, e que infelizmente já me ofereceram drogas porem eu recusei.
Eu abandonei completamente todos os meus princípios.
Pensando nisso até eu teria vergonha de mim, até eu me afastaria de mim mesma como alguns amigos fizeram, assim como o Daniel fez.
Com esse pensamento eu me derramo em lagrimas.
Um vazio dentro de mim se instala e eu só consigo chorar e continuar pensando nisso.
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Velho Romance [PAUSADO]
RomanceQuando Emilly finamente acha que encontrou seu amor verdadeiro, aquele que esperou por tanto tempo se depara com um dos piores acontecimento de sua vida. Um passado, uma raiva a mesma angústia. Em busca de uma única coisa da qual sempre sonhou. O am...