Bumerangue

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Foi e voltou.

Buscou e me encontrou.

Hoje pela manhã abri os olhos e descobri que tenho um bumerangue, nunca descobri a razão ou logica até o presente momento. Não importava o esforço, quanto mais longe eu atirava com mais intensidade ele retornava, queria me livrar do que me parecia uma inutilidade. Ele não era tão inútil afinal, aquela arma aparentemente inofensiva consistia em ir pra longe e voltar, não para minhas mãos, mas instalando todo o seu peso doloroso num coração enganosamente acostumado com idas e voltas.

Eu te atirei o mais longe que pude, hoje pela manhã você voltou destroçando tudo.

Voltou, mas será que vai? Você vai?

Hoje pela manhã descobri que tenho uma arma, bobo quem pensa que ela é indolor, tenho um bumerangue chamado amor.

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