04; A culpa é toda minha

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DEAN WINCHESTER

A garota que dorme encolhida no banco do meu carro, nem de longe se parece com a Elena que me casei, obrigado, há duas semanas atrás.

Seus cabelos castanhos escuros espalhados cheiram a um doce bom. Seus lábios rosados pelo brilho labial que ela passou formam um bico pequeno enquanto ela respira de forma calma e suave.

Realmente, ela não se parece com a Elena que está sempre de cara fechada quando me vê, ou a garota teimosa que quase se matou apenas pra tentar salvar uma podre velhinha.

Rio.

Onde já se viu ? Uma garota desse tamanho tentar salvar uma pessoa frágil de um alguém duas vezes maior do que ela ?

— Dean — Pulo no banco e me viro rapidamente para vê quem tinha me assustado.

— O que foi, Sam ?

Sammy da a volta no carro, e ao abrir a porta do carro joga um pacote marrom sobre mim.

— Ei — Protestei.

— Seu café da manhã e de Elena — Fechou a porta — O que tanto olhava para trás ? — Estreitei os olhos e olhei rapidamente para Elena, voltando a encarar meu irmão.

— Por que demorou ?

— Aquilo — Indicou para a lanchonete — Estava cheio, até pensei em irmos na próxima, mas a próxima fica a dois quilômetros daqui, então optei por esperar na fila.

Arqueei a sobrancelha.

— Cheio a essa hora ? — Ele balançou a os ombros.

— Como disse, a próxima fica a dois quilômetros.

Curvei os lábios e dei de ombros. O que quer que tenha acontecido, o meu café já está nas minhas mãos.

Agora só falta entregar o de Elena, mas para isso vou precisar acordar ela, o que não vai ser uma tarefa muito fácil.

_____________

— Vou levar as coisas lá pro quarto — Sam acautelou ao apanhar as nossas bolsas, me deixando parado como um bobo segurando a tampa do porta malas.

— Ei — Ele para no meio do caminho e se vira — E eu?

— Você acorda a Elena — Disse notório — É sua esposa, então, responsabilidade sua — Ajeitou as bolsas em suas mãos, se virou voltando a caminhar na direção da recepção do motel.

— Oras essa, mais essa.

Já impaciente, fecho o porta malas indo até a porta traseira do carro a abrindo,tendo a visão de uma Elena ainda mais encolhida no banco do carro, o que me causou uma certa inquietação, mas não irei saber o que é se não a acordar.

Respirei fundo, me acheguei a ela e comecei a cutucar sua cabeça, sentindo os seus cabelos macios e que, agora cheiram ainda mais doces como belas rosas vermelhas. Me permiti fechar os olhos para apreciar aquele aroma que de um jeito, mexe com os meus neurônios.

Céus. O que estou fazendo ?

Abri rapidamente os meus olhos voltando a fazer o que realmente vim fazer. Acordar a fera.

— Elena — A chamei, mas nada aconteceu — Elena — Chamei, mas continuou imóvel.

Argh. Isso vai ser longo.

— Elena.

Continuei chamando, e só depois de três vezes, recebi em resposta um resmungo seu. Mas não acordou.

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