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It's the most beautiful time of the year
Lights fill the streets, spreadin' so much cheer
I should be playin' in the winter snow, but I'ma be under the mistletoe
I don't wanna miss out on the holiday, but I can't stop starin' at your face
I should be playin' in the winter snow, but I'ma be under the mistletoe
(Justin Bieber - Mistletoe)

24 de dezembro de 2018

LAURA:

A cidade de Curtis, na Espanha, era minúscula, mas adorável. Enquanto Lucas adentrava a cidade, eu admirava a arquitetura, sorrindo ao observar as casas pequenas e as pessoas com hábitos tão diferentes dos quais estávamos acostumados.

Passaríamos cerca de uma semana ali e nos arredores, entre Natal e Ano Novo, até que Lucas precisasse voltar por conta dos treinos e eu tivesse que retomar minhas aulas. Estaríamos quase que o tempo todo na casa da família do jogador, e eu estava nervosa por isso, apesar de ter um bom histórico com famílias de pessoas com quem saí. No entanto, eu não conhecia nenhum membro da família Vázquez Iglesias, não tínhamos uma relação definida e eu definitivamente não saberia responder a essa pergunta se ela viesse a tona.

Lucas fazia questão de me tranquilizar quando via meu rosto franzido e minhas mãos tensas sobre as pernas. Ele acariciava as minhas coxas e passava a mão pelo meu rosto, me dizendo que estava tudo bem. O jogador já repetira toda a formação da sua vida pelo menos uma ou duas vezes, mas eu continuava apreensiva em inverter o nome de seu irmão com o de seu pai. Ele ria e dizia que achava impossível, mas caso acontecesse, não haveria problema algum.

- Não se preocupe, Lau. – eu sorri ao ouvir meu apelido dado pelo jogador, enquanto ele estacionava na garagem da casa dos pais. – Você é maravilhosa e tenho certeza que eles vão adorar você.

Ele sorriu e olhou para mim, parando o carro. Eu respirei fundo e sorri para ele, que me deu um selinho e abriu a porta, descendo e dando a volta no carro para abrir a minha. Descemos do carro de mãos dadas e Lucas tocou a campainha na porta da frente, e foi prontamente atendido por uma senhora alguns poucos anos mais velha do que a minha mãe quando se foi, que sorriu e abraçou o homem ao meu lado.

- Que saudades, mi hijo! Entrem, entrem! Já está esfriando. – a senhora disse passando os braços por trás de mim e nos puxando para dentro. – Como foram de viagem? Vocês devem estar exaustos.

- Pegamos um pouco de neve na estrada, mas nada calamitoso. – o jogador parecia ter um brilho nos olhos diferente por estar perto da família. – Mãe, essa aqui é a Laura. Nós...

- Estamos nos conhecendo. Somos amigos. – eu sorri para Lucas e para a mãe dele à minha frente. – Senhora Carmen, certo? É um prazer conhecê-la. Lucas fala tanto de você.

- O prazer é todo meu, querida. Você é linda! E é sempre bom conhecer os amigos do Luqui. Venham, vocês chegaram pouco antes do jantar. Seu pai está na cozinha, querido. Mateo chegou há pouco também. 

Ele sorriu para a mãe e me puxou pela mão que ele ainda segurava. Fomos em direção a cozinha, de onde emanava um cheiro delicioso.

- Mama te colocou para cozinhar hoje, papa? – o jogador disse, soltando minha mão e indo em direção ao pai para um abraço apertado.

- Como vai, campeão? – o mais velho disse, abraçando o jogador, e eu sorri. – Como vai a equipe? Gostei dos gols nos últimos dias. Fiquei curioso pra saber quem é L. – ele disse baixinho num tom que eu ouvi e que não consegui conter minha risada. – Ora, temos companhia?

- Papa, essa é a Laura.

O mais velho correu os olhos de Lucas para mim, e de mim para o jogador, e eu ri.

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