Marcas

1. Um inicio não tão trágico

Bom, pra começar, temos que entender de quem é essa historia, e como já disse, é minha. Mas quem sou eu? De certo alguém, alguém com um sério problema... A timidez, e isso vêm de muito tempo atrás.

Não vou dizer que sempre fui assim, porque não é verdade, e verdade é o que quero aqui, e se a verdade não for interessante... Que seja. Eu era um garoto bem sociável, considerado divertido, bem animado e, modéstia a parte, um bom amigo como tento ser ainda hoje. Mas como a tal da "vida real" uma hora bate em nossas portas muita coisa aconteceu, e eu... Mudei.

Com a chegada da vida real, descobri que a vida não é nem um pouco boa, na maioria das vezes. No primeiro ano de escola foi onde tudo começou a mudar. De certo, foi fácil para o antigo EU fazer amigos, pelo menos pensei que fossem, e o que eu mais gostava se chamava Lucas (posso demorar pra gravar seu nome, mas se me der motivos nunca vou esquecê-lo).

Éramos inseparáveis, fazíamos tudo juntos, é claro tinham outros "amigos" com a gente. Essa amizade foi se desenvolvendo de uma maneira... Complexa de se entender, porem simples de se explicar em palavras... Pelo menos pra mim.

Com o passar do tempo, as pessoas de um grupo costumam se sentir mais a vontade para mostrar quem realmente são. E em grande maioria, os meus "amigos" tinham uma necessidade de ver o sofrimento dos outros, mas Eu não era assim. Não me sentia nada bem vendo eles fazendo o que faziam, mas por um tempo continuei ali, me afastei aos poucos e comecei a fazer o que eu AMAVA naquela época, desenhar.

E o primeiro a perceber isso foi o Lucas, porem não rolou da maneira que eu esperava que fosse. No geral meus desenhos eram de Pokémons, eu adorava esse desenho... Mas naquele dia, era um Pokémon menos másculo... Então a vida me Marcou pela primeira vez.

Durante o resto daquele ano eles zombaram de mim...

Depois de dois anos, já não gostava mais de falar com muitas pessoas...

No terceiro ano desisti dos meus desenhos...

Foram necessários quatro anos pra finalmente eu entender... Nem todos pensam em como os outros vão se sentir.

Depois disso, a vontade de conhecer pessoas novas foi de mal a pior. Mas ainda tinha muito que aprender... E ainda tenho, mas nunca mais fui o mesmo garoto animado pra tudo.