CONGELADOS EMBAIXO D'ÁGUA
Após retirar a flor da terra, o jovem sapo caminha tentando encontrar a lagoa da qual tinha sido abandonado. Durante muito tempo, o sapo ficou naquela ventania, até começar a passar-mal.
- Me abraçe, sapo. Te aquecerei.
A flor disse.
- Não posso perder tempo, flor. Você não pode morrer.
Negou.
- Me abraçe, sapo. Nós dois precisamos nos aquecer.
- Não posso perder tempo, flor. Irá cair neve em você se pararmos.
- Me abraçe, sapo. Eu juro, não vou morrer, e se sim, você não é culpado.O sapo fez um ninho de folhas, sentou-se e veio a abraçar a flor.
Após a ventania passar, eles olharam ao redor, e voltaram ao caminho a fim de achar a lagoa.
Ao chegar lá, o sapo entrou em estado de choque absoluto. Os sapos estavam mortos, pareciam estátuas de gelo, uma Pompéia dos sapos.O sapo ficou mais triste por ver os girinos, congelados, embaixo d'água. Ele não sabia qual expressão e sentimento ter; apesar de serem todos da mesma família, eles o zombavam, até a própria mãe. Ele só virou para trás e, começou a andar.
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Flor de Sapo
Historia CortaNesta fábula de Luciano Silva, leia sobre a história de um pequeno e simples sapo, onde, após surpresas inesperadas, ele conhece uma flor, e se apaixona.