- Juliana nada responde - não acha que está na hora de mudar?? Deixar essa vida noturna um pouco de lado, e começar um novo ciclo.
- aonde você quer chegar com isso pai?! - o encarei fria e confusa, eu não fazia ideia do que meu pai queria dizer com isso -
- trabalhar, ter sua própria casa. Não pensa nisso?? Em ser independente, e não precisar dos pais para se sustentar?!! - minha mãe agora encarava meu pai, provavelmente surpresa tanto quanto eu. Por um momento pensei que levaria bronca algo do tipo mas ele me aparece com papo de trabalhar, Oi?? -
- soltei um riso debochado - pai, eu tenho tudo que desejo sem ao menos precisar suar ou levantar as 05:30 AM, sem precisar me preocupar se poderei ou não sair a noite. Como posso ao menos sonhar em ser " independente " como o mesmo fala. - fiz aspas com os dedos, falando em um tanto quanto irônico -
- pois sinto muito em acabar com sua graça, terça-feira você terá que infelizmente levar as 05:30 AM para ser avaliada. - imediatamente me levanto batendo as mãos na mesa -
- oii?? Pai. Como pode tomar uma decisão por mim, sem ao menos me consultar antes. - falei alterada talvez até mais alto do que deveria, eu não podia acreditar nisso, eu não estava acreditando nisso. Meu pai levantou da cadeira fixando seu olhar em mim, junto a ele minha mãe -
- fiz. E não me arrependo, se deixasse essa decisão em suas mãos não chegaria a nada. Filha, tudo que estou fazendo é pensando no seu bem Juliana. - ele fala em tom mais alto -
- mas você não pode, Pai... - antes mesmo que pudesse terminar de falar ele me interrompe-
- posso, e fiz. Está decido Juliana, não tente voltar atrás. - nesse momento minha mãe já tentava o acalmar e fazê-lo mudar de ideia, mas sem sucesso. Olhei pela última vez dentro de seus olhos agora não mais com um olhar frio, e sim um olhar manhoso como de uma criança que se perdeu e não sabe o caminho de casa, olhei para minha mãe que já tinha a face cabisbaixa isso provavelmente não era a favor dela, estava estampando em seu rosto.
Bufei antes de me retirar do local indo direto pro meu quarto, eu queria dormir e acordar como se tudo que estivesse acabado de acontecer, não passasse de um sonho besta -
.
.
.
Nicolas pov.
Assim que sai do quarto encontrei José sentando no grande tapete da sala assitindo seu desenho favorito, enquanto brincava com seus super-heróis. Ao seu lado brinquedos adequados a praia e por fim sua pequena mochila com ítens necessários.
- Vamos garotão?! - falei pegando sua mochila e bagunçando seus cabelos -
- José levantou-se rapidamente com o sorriso já estampado no rosto - vamooox, papai. - saiu correndo em minha frente saltitante. Metade do caminho fomos cantando várias músicas conhecidas, entre risos e muita brincadeira, Zé era um garoto extrovertido e falava até demais pra sua idade, algumas vezes ficava até sem respostas pra tanta pergunta.
Assim que chegamos a praia organizo nossas coisas, Zé já estava eufórico louco para entrar na água. Terminei de passar protetor em seu rostinho e deixei que fosse na minha frente indo atrás do mesmo em seguida -
.
.
.
Juliana Pov.
Por mais que eu tentasse dormir não conseguia, as palavras de meu pai se repetiam diversas vezes em minha cabeça. Era como se aquilo estivesse me perseguindo e de fato estava porque era verdade. Eu senti a seriedade em cada palavra de meu pai.
notificações interrompem meus pensamentos me tirando daquela bolha, era as meninas provavelmente com alguma idéia genial para estarem tão eufóricas assim.
Wpp on.
Agatha M.- programações para uma tarde de domingo??! 💁💃
Carol M.- nadenhaa! Maior tédio.
Talita Y.- se passar o domingo deitada com dor de cabeça, for programação.
Juliana P.- Tô na mesma que a Talita, se bem que poderíamos sair... preciso esfriar a cabeça.
Agatha M.- por mim tudo ótimo!!! Mas oque houve amiga?
T & C.- por mim também.
Juliana P.- nós vemos na casa de praia então, lá conto tudo direitinho pra vocês.
••••••••••••
Eita, a questão é. Onde será essa tão ' famosa ' casa de praia?
