𝙲𝚊𝚛𝚛𝚢 𝚈𝚘𝚞

Nunca se esqueça de respirar

Mais uma oneshot pra vcs, bbs! Boa leitura!! ♡♡

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23 DE ABRIL DE 2000

- Jimin, filho, respira! Faz que nem a mamãe, hm? Inspira... Expira... Inspira... Isso, continua. - a mulher de cabelos castanhos e aparência delicada e juvenil tentava acalmar o filho de seis anos que chorava por não conseguir lembrar como se respira.

O garoto, sofria da Maldição de Ondina, na qual a pessoa que conter essa doença psicológica, se não ficar atento, acaba esquecendo como respira, e as chances de morrer sufocado são grandes.

Aos poucos, o filho dos Park retomava a respiração normal, abraçando a mãe com medo e receio. A mulher apertava com delicadeza o pequeno corpo do filho tão lindo em seus braços, apoiando o queixo no topo de sua cabeça.

- Shh, se acalma... - tentou falar palavras de conforto, mas nada impedia do garoto de chorar e molhar a camiseta rosa e velha que a mulher usava. - Se acalme e repita comigo, hm? - esperou o menor se acalmar e assentir, esfregando o rostinho em seu peito. - Eu respiro, isso é o que importa.

- E-eu respiro... isso é o que i-importa. - repetiu o menino com a voz tão doce e infantil, suspirando fraco em seguida e apertando ainda mais a cintura da mulher abaixada na sua frente.

Esta passou a fazer carinho em seus cabelos, aconchegando o pequeno em seus braços e olhando o marido preocupada, como se perguntasse apenas com o olhar o que iriam fazer. E a resposta que infelizmente recebeu foi apenas um dar de ombros, dizendo não saber, e os olhos tão verdes quanto todas as florestas do mundo subiram para o rosto da mulher.

- Mamãe, eu quero ir pra casa. - pediu, intercalando o olhar de um olho ao outro da mulher em sua frente, observando os detalhes da íris negras desta.

10 DE JANEIRO DE 2001

Os pais do pequeno Park estavam tão preocupados e desesperados em saber que o filho iria para seu primeiro ano escolar, sozinho.

Não sabiam o que fazer, já que nunca haviam encarado esse problema de frente, só pensando em possibilidades e possibilidades a cada ano que se passava.

Ver o pequeno de olhos verdes colocar a mochila azul marinho nas costas e sorrir tão inocente era um motivo ainda maior para estarem tão tensos daquela forma.

- Vamos, papai! - puxou a mão grande do homem alto e loiro ao lado da esposa, uma grande semelhança entre o filho e o pai.

Jimin tinha os olhos verdes e cabelos loiros do pai, a pele macia e lábios grossos da mãe e determinação e alegria de si mesmo.

O Park, ainda meio relutante apenas assentiu ao filho, permitindo-se ser puxado porta a fora, mas antes deixando um selinho singelo nos lábios da mulher.

Enquanto dirigia a caminho da escola nova que Jimin passaria a estudar, ambos cantavam as músicas infantis do rádio, felizes e alegres. O garoto no banco de trás do carro, com o sinto de segurança atravessado pelo peito pequeno do loirinho em cima da cadeirinha, balançava os braços alegres, rindo de algo sem sentido.

Seria um dia longo para o pequeno, e certos cuidados deveriam ser tomados dentro da sala de aula. O Park mais velho avisaria a professora pela décima terceira vez que Jimin tinha que ser observado a cada minuto.

Assim que a despedida de pai e filho terminou, Jimin entrou saltitante para dentro de sua sala, deixando o pai na porta da mesma, e relutante em ir embora e deixar o filho aqui.