Pt. 2

622 83 17
                                    

Algum tempo se passou e Mark decidiu ir até a casa dos Wang para buscar sua mãe, ele andava devagar, com a cabeça abaixada enquanto pensava em algumas coisas, ele estava distraído em seus pensamentos, até que chegou na casa de seus vizinhos e entrou pelo portão principal, ele foi andando até a porta e bateu nela.

Uma empregada abriu a porta e pediu que ele entrasse.

– Não… Eu não irei entrar… Diga a ela que espero aqui fora

– Mas está frio… O senhor vai mesmo ficar aí?

– Vou sim, não se preocupe…

– Tudo bem… Vou avisá-la que o senhor chegou

– Obrigado

Ela fechou a porta e Mark andou até o Jardim que havia na frente da casa, ele estava bem iluminado, ficou lá olhando as flores por um tempo até que sentiu a presença de alguém alí, logo se levantando e se virando para trás.

– Wang…

– O senhor achou que fosse quem? Está no jardim da minha casa…

Mark o encarou entediado e começou a andar até algum lugar distante dali.

– Por que foge de mim?

– Não fujo do senhor, mas sim da sua arrogância, tenho medo de me infectar…

– Tão tolo…

– O que o senhor disse?

– Que a sua tolice é ridícula! Você parece uma criança! Pensa e age como uma!

– Pare de falar essas coisas! O que foi que eu lhe fiz para poder ouvir essas coisas? Já lhe maltratei alguma vez? Já lhe faltei com respeito? É certo que eu não gosto do senhor, mas nunca lhe tratei mal para poder ouvir isso

– A sua inocência me irrita! Você me irrita! Deveria parar de sonhar com viagens e com felicidade e começar a pensar nos negócios da sua família! É isso que nos importa! O dinheiro!

– Pode importar para o senhor, mas o dinheiro não compra a felicidade

– Mas compra o que nos faz feliz… O senhor não quer viajar pelo mundo para ser feliz? Pretende pagar isso como? Com amor? Posso lhe garantir de que não vai dar certo

– Me deixe em paz!

– O senhor deveria rever seus conceitos sobre a felicidade que tanto deseja

Jackson saiu de lá e entrou em sua casa, Mark ficou o olhando enquanto ele andava, pensando no que ele havia falado, mas nada se encaixava em sua mente. Ele voltou a andar pelo jardim até que sua mãe saiu da casa dos Wang.

– Querido, podemos ir?

– Claro

Ela se despediu de Sra. Wang e seu filho e logo os dois saíram de lá.

– Mãe, posso lhe perguntar algo?

– Pode sim, meu querido

– Acha que sou muito sonhador?

– O que quer dizer com isso?

– Acha que eu sonhei demais quando acho que a felicidade é tudo? Acha que eu deveria me preocupar mais com as coisas que acontecem em casa… Com os negócios…

– Filho, você nunca sonha demais… Viajar pelo mundo sempre foi um grande desejo seu, e você vai conseguir fazer isso! Você realmente sonha com muitas coisas, mas nada te impede de conquistar elas… É bom sonhar… Queria eu ser tão feliz como você apenas com alguns pensamentos…

1897 {Markson}Onde histórias criam vida. Descubra agora