Capítulo 53

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Celso: O que tanto essas mulheres conversam? - apareceu na cozinha
Nilson: Meu Deus, não param de falar um minuto...
Meire: Estamos colocando a fofoca em dia bem, sabe como são as coisas né... Nath nunca tava aqui quando a gente vinha, agora ela me atualizou das fofocas
Celso: Filha? Quer conversar agora? - eu assenti e nós fomo:s pro quintal, ele se sentou no banquinho que tinha ali e eu fiquei no chão
Nath: Olha pai, eu nāo vim aqui pedir desculpas, nem nada disso, eu só quero falar tudo que tá engasgado há muito tempo dentro de mim e que eu preciso contar pro senhor... - ele assentiu. Wallace me bateu a primeira vez faz um tempo, eu fiquei toda roxa, nem maquiagem cobria. Uma semana depois disso ele me "estuprou" - fız aspas com a mão, e a cara dele ficava de espanto cada vez mais. -, eu juro pai, eu juro que não queria transar com ele, mas ele insistiu, fez de tudo e acabou abusando de mim. Tudo isso ele fez drogado!
Celso: DROGADO? - gritou
Nath: Deixa eu terminar pai? Não grita. - ele asssentiu e eu continuei. - a primeira vez que ele me bateu o Nathan viu, quando ele abusou de mim, só parou porque o nosso filho bateu na porta chorando por causa dos meus gritos, e dessa última vez que ele me bateu, foi por causa que eu disse que ia pra casa da mãe dele e acabei encontrando o Thi, lembra dele? assentiu. - enfim, a gente parou num barzinho e bebemos uma cerveja, nossa pai você não tem noção do escândalo que o wallace fez no bar, na frente de todo mundo,por causa que eu tava com meu amigo gay tomando uma cerveja, nem pagar a conta eu consegui pagar. Ele me levou pra casa e me bateu tanto, mais tanto, que eu me entreguei a escuridão. - eu falava olhando nos olhos dele. - Eu comecei a enxergar tudo escuro, e só ouvia a voz dele, os xingamentos, e depois não ouvi mais
nada, começou a passar um filme na minha cabeça, desde o nosso ínicio, de todos os nossos momentos bons e ruins, mas não lembrei em momento algum do senhor. Parecia que eu queria lembrar de algo, mas não conseguia, ficava procurando alguma coisa que faltava, e alguém me dizia que eu não devia perdão para as pessoas que eu amo, mas sim, deveria sentar e conversar
numa boa... Quando a mãe disse que o senhor falou pra voltar pra casa, eu não sabia se ficava feliz, ou triste em ter que chegar aqui e não poder te dar um abraço, contar como foi meu dia, como que tudo aconteceu, como eu sempre fiz quando o senhor chegava em casa do trabalho... eu sinto muita falta dos nossos momentos juntos, sinto muita falta. - me entreguei ao choro profundo, ele também já chorava

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