Poema sem sentido, de alguém deprimido

o problema sou eu

Sou um problema ambulante
Que vive constante
Mas sempre está parada na frente de uma estante
Da vida que passa tão distante

A depressão
Que está dentro do meu coração
Esta batendo mais do que o normal
Que me faz querer morrer de forma tão crucial

A vida passa sem meu consentimento
Sem minha autorização
Sem a minha necessidade
Sem minha presença
Só passa fazendo pensar
Se é realmente isso que quero

Quando tudo está mal
As luzes começam a piscar
Piscar para tentar me animar
Animar aquilo que morreu
Dentro de mim

Sou uma alma suja
Suja de sangue
Sangue que é apenas meu
Meu
Pois o problema sou eu

Não
Não é possível
Possível ter tanta gente assim
Assim dentro de mim

Dói
A dor que não passa tão facilmente
Que chega a ser deprimente

O fim foi quando peguei
Peguei a faca e finquei
Finquei dentro de mim

Uma poeta finge tanto
Que quando finge as vezes se esquece que é real, e não apenas fingimento
São apenas fragmentos

~M