😈 CAP 4

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💙 Milena On●

Eu chego na delegacia e logo encontro um policial

Eu: o senhor poderia me ajudar a prestar um boletim de ocorrência?

Policial: claro moça, o boletim é do que? Agressão doméstica? Difamação?

Eu: estupro! - ele me olha com pena, um olhar quase igual ao do médico -

Policial: ah, tudo bem, me acompanhe por favor. - Eu sigo ele até uma sala que acredito ser do delegado, ele bate na porta - Delegado André? Tem um caso aqui de estupro, a vítima quer prestar a queixa e tudo...

O delegado me olha de baixo pra cima, e me dirige um olhar de pena e um certo nojo...

Delegado André: acredito que seja a senhora a vítima não é mesmo?

Eu: sim, sou eu!

Delegado: bom, então me conte tudo o que aconteceu. - Eu começo a conta-lo tudo que ocorreu, desde o momento em que me acordei para ir a escola, só não falei da parte daquele traficante que eu não consegui parar de pensar desde o momento em que nos beijamos no carro, aquele beijo foi o melhor beijo da minha vida.... Mas voltando a realidade....

Eu: e foi assim que tudo aconteceu..

Delegado: sim, realmente temos um registro aqui de desaparecida. Vamos ligar para a sua família, e informa-los que você está "bem".

Eu: ótimo, eu tenho que fazer algum exame corpo-delito?

Delegado: você passou naquele hospital não foi??? Ali já foi um corpo-delito, você já tem muitas provas, não precisa necessariamente ir, mas se quiser, pedirei a sua família pra te levar.

Eu: não é necessário, obrigada por isso.. - Vou me levantando da cadeira, quando o delegado interrompe -

Delegado: eu não te garanto Milena, vi no seu registro milena né? - aceno com a cabeça - que acharemos os agressores, mas eu te garanto, que faremos o possível para prende-los!

Eu: ok, obrigada, posso esperar lá fora agora?

Delegado: pode sim, ligarei agora para os seus pais, querida!

Eu vou andando até a salinha de espera, eu só quero deitar sobre as minhas cobertas, fingir que este dia nunca aconteceu, e passar por tudo isso... fingir que não me sinto suja, fingir que não fui estuprada... ali pego no sono, até sentir um abraço, e um beijo na testa, a voz da minha mãe e a voz do meu pai..

Mãe: filhinha, você tá bem meu amor? Eu orei tanto, mais tanto, você não sabe, não faça mais isso com a sua mãe, onde você tava? - fala ela entre soluços e lágrimas me abraçando e eu só consigo chorar também (mídia) -

Pai: calma Samira, deixa a menina falar, filha eu senti muita falta de você...

Eu: mamãe e papai, eu tô bem, sentem por favor...

Mãe: pra quer se sentar? Vamos embora daqui, vamos logo querida

Eu: e-eu fu-fui estu-PRADA!

Minha mãe fica paralisada, meu pai me olha incrédulo, lágrimas caem dos olhos dos dois, pela primeira vez eu vejo meu pai chorando

Pai: QUE? MILENA, COMO ASSIM?

eu: eu fui levada por uns homens no carro, fiquei em um quarto e vários homens me estru.. eles me jogaram em um beco, e eu consegui caminhar até um hospital, e eles do hospital me ajudaram...

Eles não falam nada, Apenas me olham, minha mãe me abraça e chora, meu pai nos abraça

Pai: tudo vai ficar bem, iremos dá um jeito... tudo vai voltar ao normal, eu acredito nisso!

Eu: nada nunca vai ser normal como antes papai, NADA, mas não quer dizer que não podemos ser feliz, eu amo vocês, e ter vocês já me completa.

Mãe: vamos pra casa.

Andamos até o carro, o delegado chega ate nos e fala que vai achar justiça pra tudo isso. Mas que saber de algo? Eu sei que não vai haver punição nenhuam, eles dizem isso pra todo mundo, minha família não é rica, meus pais não são ricos, so consegui vaga na escola por que estudo muito, e não sou famosa, resumindo, tudo isso vai da em nada, mas já estou acostumada, é assim o mundo, é aturar ou surtar... Eu resolvi aturar

Chego em casa, e até que enfim sinto aquele cheiro, cheiro de segurança, algo que eu nunca iria voltar a sentir que tenho... abraço meus pais, e digo a eles que tudo vai ficar bem, e que eu os amo mais que tudo. Subo até meu quarto, quando chego as lágrimas começam a cair, tiro minha roupa, jogo no cesto e vou para o chuveiro, lá a água se mistura as minhas lágrimas, choro e vômito até sair um pouco de sangue.

Me visto e vou até minha caminha, me deito sobre meus lençóis e choro mais uma vez, desse jeito não vou ter mais lágrimas, junto a tudo isso eu lembro da única coisa boa, que me aconteceu nisso tudo.... aquele traficante.

Eu: não, por favor, não, LF, me ajude, eles vão me pegar

Xxx: eu vou te pegar, minha gostosinha

Eu: não, não, LF socorro

Me acordo aos gritos, meus pais abrem a porta rapidamente

Pai: o que aconteceu minha filha?

Eu: foi só um pesadelo papai, desculpa te acordar

Mãe: quem é LF?

Eu: não é ninguém - Eu queria falar a ela, que ele é meu herói, ele e o Júlio César, mas não sou louca - voltem a dormir, eu farei o mesmo.

Mãe: ta bom, qualquer coisa nos chame querida, estamos aqui do lado

Eu: ok

Volto a dormir, mas nos meus pensamentos só aparecem aquele garoto, o beijo, e tudo que remete a ele, a voz, o cheiro, eu tô ficando louca, mas quando eu penso nele, eu paro de pensar no estupro, e me sinto segura, isso é bom... É fora da realidade pensar nele, ele deve ser cheio de putas, é um traficante, odeio pensar nele com mulheres, CHEGAAAAA, vou dormir... LF MEU amor.

~continua 💙

A Fiel & O Dono Do MorroOnde histórias criam vida. Descubra agora