Strangler - O verdadeiro sentido

Capítulo 3

Dormi outra noite na sala integrado a minha sala na sede da polícia, fiquei lendo vários processos e quando percebi já era muito tarde, Artur era um bom amigo e policial, havia ficado comigo naquela noite, e eu ainda precisava sair para encontrar um lugar para morar enquanto estivesse no Brasil, porque nem isso tive tempo de pensar, queria um lugar próximo ao prédio. Após tomar café, Artur me perguntou sobre isso, ele também estava esperando para decidirmos juntos aonde iríamos morar.

Após sair dei uma olhada a minha volta, percebi a bagunça que estava naquela sala integrada, olhei o quadro mais uma vez e suspirei, todas as vítimas era pessoas entre vinte e trinta anos, e Laura? Strangler estaria mesmo com ela? Havia colocado uma interrogação na foto dela, precisava pensar. Por hora eu queria falar com algumas pessoas que tinham contato com Laura antes dela desaparecer, pretendia sair e deixar o levantamento que queria nas mãos de Artur. Ao sair da sala integrada, Fernando estava esperando.

- Bom dia! Não vou perguntar se dormiu bem, porque dormi no serviço não deve ser legal.

- Bom dia! Você tem razão, mas eu já me acostumei com isso, faço muito isso nos últimos anos.

- Entendi, mas mesmo assim não é legal, tem que estar bem para poder pegar os bandidos.

Caímos na risada, e o clima daí para frente ficou descontraído, de alguma forma na frente do Fernando eu não conseguia manter aquela pose de policial e pessoa séria e durona que tenho e mantenho na frente das pessoas nos últimos anos.

- O que vai ser hoje?

- Sobre o que?

- Você é a chefe, quero saber quais as ordens para hoje.

- Por hora pedi ao Artur que oriente o Carlos e o Marcos sobre o que preciso no dossiê que eles irão montar.

- Certo, e nós?

- Nós?

- Sim, nós dois, eu e você, o que faremos?

Olhei para o Artur e ele estava atrás do Fernando rindo, abriu os braços em sinal de não saber o que fazer.

- Eu vou sair, preciso verificar algumas informações.

- Quais informações? Do Strangler ou da Laura?

- Da Laura.

- Ótimo, então vou com você.

- Aaa não, realmente não precisa.

- Porque não? Eu também quero ajudar a achar a Laura, e você ainda não conhece direito por aqui, então juntamos o útil ao agradável.

Olhei novamente para o Artur, que continuou rindo e eu sem ação, não sabia o que dizer ou o que fazer para sair daquela situação.