Prólogo

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Gradualmente o crepitar de madeira soou aos seus ouvidos. O reforço gradativo que, sofrera às chamas, o deixou eventualmente abatido. Entretanto, sua expressão transparecia da somente e assustadora bonança.

"Ao menos..." Noah resmungou de si para consigo. "Haviam arrependimentos... Ao menos... gostaria de... encontrá-la... Ao menos... ter a coragem para confronta-lá! Mas..."

Havia feito o mesmo de muitos.

Acomodou-se no sentimento de frustação e autoflagelação.

Consigo levou à cegueira. Açoitou-se com arrependimentos e o âmago ódio próprio...

E novamente impôs uma punição psicológica à si; "Eu somente sou um covarde..." Seus olhos enfrentaram o incandescente e intenso incêndio do qual adentrara. Entretanto, enfrenta-lo era o princípio de sua profissão...

"Senhor... está tudo bem...?" Sob o abrigo de seu braço e sua postura composta, a ingênua criança o perguntou. O brilho nos olhos deste eram excessivamente cintilantes. "Está tudo bem senhor! Não fique com medo! O Bombeiro Chefe disse que estava preparando o suficiente para nos jogarmos daqui! Acredite em mim, vai ficar tudo bem!"

"Haha..." Noah gargalhou suavemente. Ele estava debochando de si próprio.

Como, e quando deixei que uma criança influenciar-me meramente com palavras e ingenuidade?

......

Momentaneamente, não havia muito há ser feito por Noah em consequência de sua situação. O caminho à frente estava imerso em chamas densas. Casualmente ocasionando na emanação de fumaça.

Tosse! Tosse!

As sobrancelhas de Noah levemente contorceram. O pequeno companheiro ao seu lado estava demonstrando leve reação à excessiva inalação de jactância.

"Haah..." Noah respirou pesadamente. À seguir, retirou de forma delicada à máscara de oxigênio sobre seu rosto. "Coloque isto." A criança sem refuta-lo, obedientemente arranjou-o ao cenho. E não demorou muito para quê, vagarosamente retornasse com à lenta e comedida respiração.

"Senhor, o que faremos agora?"

O quê há para se fazer...? As escadas estão arruinadas, e ariscar um pulo ou correr neste espaço pequeno, poderia acarretar em um desabamento... Aparentemente às chamas ainda têm muito do que consumir... Além disso, são três andares acima do chão...

"Senhor, há quanto tempo está nesse trabalho? É perigoso sabia? O senhor não têm medo de ficar ferido?" Sendo questionando constantemente, instigou ansiedade em Noah. E esteve em silêncio por muito tempo.

"... Sinceramente... este é meu primeiro dia... e aparentemente o último..." Noah apreensivamente disse.

No entanto... ainda havia o quê ser feito!

"Noah! Se estiver me ouvindo, aguarde o máximo que puder!! Estamos reunindo objetos infláveis para amortecer á queda!! Mantenha-se seguro!" Simon, ou também chamado de "Bombeiro Chefe", gritou confiante.

Noah infelizmente parecia não ter o ouvido. E consigo ponderava que, somente haviam arrependimentos para se recordar.

O maior desafio de Noah nesta profissão não era ser um "herói", ou encontrar reconhecimento. Descobrira que, resistir à provocação da morte, seria o seu maior infortúnio.

Por quê estou aqui?! Por quê estou fazendo isso?! Não há benefício nenhum aqui... Então... por que...

Quebra!

Os pedaços remascentes da cobertura estavam comprometidos. No entanto, Noah estava assustadoramente calmo. E desta vez, de fato estava.

"Senhor... o teto...!" Até mesmo a crianca que, anteriormente solene, notavelmente estremecia.

"Me diga... qual é o seu nome?" Noah suavemente o perguntou.

E como era da intenção de Noah, sua atenção retornou para o primeiro. O segundo então o respondeu: "Earth... Edward Earth." Espontaneamente, Noah sorriu. "É um ótimo nome... Me diga, Earth, o que quer ser quando crescer?"

"Quero ser um Bombeiro! Quero provar que, minha vida, neste momento, a qual está sendo salva, têm o valor digno para continuar vivendo!" Os olhos de Earth iluminaram-se. 

"..." O sorriso no rosto de Noah estendeu-se.

É verdade... Foi o mesmo comigo... Quando fui salvo, incontáveis vezes, queria provar, retribuir que, não foi em vão...

Quebra! Quebra!

A cobertura enfim havia chegado ao seu limite. Noah rangeu furiosamente seus dentes e puxou à Earth para próximo de si. O maior dano foi evitado, mas ainda haviam escombros, caindo em sua direção. Mas os mesmo, foram destemidamente empurrados por Noah! 

"Noah! Está pronto! Salte quando puder!!" Tardiamente a voz de Simon soou.

"Senhor! Podemos ir! Finalmente!" Earth  sorriu de forma incandescente. O frígido sentimento em seu coração tornou-se levemente caloroso.

Noah suspirou pesadamente em seu coração. "Siga o caminho reto atrás de você! Não vire-se para outro senão este! Vá!"

"Mas... o senhor..." Earth hesitante recuou.

"Vá! Não se preocupe comigo! Depois de você eu irei!" Isto era uma mentira. Se por algum acaso Noah soltar os escombros o qual empurrava, o chão abaixo arruinaria... Mas outro fator e não menos importante; queimaduras. A temperatura deste elevou-se gradativamente, e Noah não o suportaria mais muito.

"Senhor! O esperarei do outro lado! Obrigado, muito obrigado por salvar minha vida!" Noah observou à pequena e vagarosa figura distanciar-se. Mais tarde, a densa fumaça o engoliu, e Noah, aliviado, enxergou-o saltar.

Quebra! Quebra! Quebra!

O crepitar das chamas e o sentimento de queimaduras lentanente o consumiram... Noah desvencilhou os dedos em conjunto. "Infelizmente esta é uma promessa que não poderei cumprir..."

Quebra!

E o chão enfim...

Rescindiu...

Arbítrio CaóticoOnde histórias criam vida. Descubra agora