T R Ê S

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Parte I

Jimin está saindo do banho depois de voltar da escola, daqui a pouco as ligações começariam a chegar e ele tinha que atendê-las.

Uma parte de Jimin estava ansiosa para escutar seu "cliente" preferido, mas por outro lado ele também teria que lidar com o mar de hormens que o chamavam para satisfazer suas fantasias.

Ele sabia que sua voz soava muito inocente através da linha e isso era o que mais atraía aquele tipo de gente, seus mórbidos prazeres manifestando-se por meio de um menor.

A primeira ligação entra, era o Henry, um cinquentão, careca e quase viúvo. Jimin sabia que ele era careca pelo seu fetiche em pedir que, depois das sessões de sexo telefônico, ele dissesse que adorava beijar sua careca e "quase viúvo" porque aludia a necessidade de ligar, já que sua mulher estava em seu leito de morte.

Claro que talvez tudo aquilo fosse mentira, pois até ele, através do telefone, se descrevia como um jovem esbelto e atrativo, com tanquinho e rosto angelical, nada mais longe da realidade.

"- O mochi adoraria tocar e lamber sua cabeça."

Nojo, nojo, nojo

Acaba a sessão de Henry e já está exausto


Continua sentado em sua mesa tentando resolver um exercício de trigonometria que seu professor pediu para fazer como lição de casa, enquanto finge os gemidos e formula as possíveis frases que poderiam excitar seus próximos clientes.

Jimin já sabia de antemão que chegaria a ligação de Gerard, um jovem gay reprimido que a mãe obrigou a namorar a finha de uma amiga para poder resolver que deixasse ds ser solteiro e ele não se atrevia a enfrentar a mulher que representava Lúcifer na terra.

"- Olá Gerard, você está pronto para o daddy?"

Sim, Jimin era um completo passivo, mas precisava fingir algumas vezes, assim era o mundo da hotline, se o cliente dizia que se excitava com cachorro, ele deveria latir. Se ele dissesse que gostava de bater, ele deveria pegar um cinto e bater em uma almofada e fingir gemidos excitantes de dor.

Já era quase meia-noite, mais um pouquinho e poderia escutá-lo, poderia falar com seu menino especial.

Suga era realmente único.

Jimin até se atreveu a colocar um toque especial para identificá-lo.

Versace on the floor toca cinco minutos antes e Jimin se joga sobre a cama como uma garotinha apaixonada, ele realmente amava a voz de Bruno, principalmente quando o anuncia que Suga quer falar com ele.

Olhava aquele nome na tela enquanto batia seu pé no chão pela ansiedade e sorri. Sim, ele era especial. Jimim inspira e experira suavente, em uma tentativa de se controlar.

- Já estava ficando preocupado, bebê.- comprimenta rapidamente. - Você tá muito cansado hoje?

- Olá, lindinho.- Jimin responde.- Nunca estou cansado para falar com você.- e era verdade.- Como foi seu dia?

- Você não sabe o quão feliz você me deixa ao falar isso.- ele parecia realmente aliviado.- Foi um dia difícil, tiveram alguns problemas, mas eu já vou resolver isso.

- Há algo que eu possa fazer para ajudar? Eu podia massagear suas costas enquanto você me conta o que aconteceu.

Gordofobia? [YoonMin] PT-BROnde histórias criam vida. Descubra agora