ESQUECER

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GENTE É IMPORTANTE LER ANTES DE COMEÇAR A LEITURA:

Essa história é um clichê só para distrair e para que faça mais sentindo a gente fingi que Morimas só foram amigos até 2018 e nunca rolou nada entre eles, combinado? Boa Leitura.


Estava entorpecida, cansada. Minha cabeça pesava demais, e tinha a sensação de todos os meus membros estarem amarrados contra algo. Minhas pálpebras pareciam que estavam coladas. Era difícil abrir. Era difícil movimentar meus lábios. Era difícil lutar com a secura da minha garganta. Mas algo em mim implorava para que eu reagisse contra todos esses desequilíbrios do meu corpo. E assim o fiz. Dolorosamente eu despertei totalmente desnorteada sobre o que se passava no meu entorno.

Meus olhos vagarosamente se acostumaram com a claridade, e imediatamente se encheram de lágrimas. Ouvi um barulho curto, ritmado e continuo parecendo batidas. Mas que diabos era esse lugar? O que estava acontecendo?

Pisquei uma, duas, três vezes sucessivamente e rapidamente. E pude notar minha mãe, um pouco diferente do habitual, algo lhe caía estranho, mas ali era ela. Estava concentrada em uma revista. Engoli um pouco de saliva tentando molhar minha garganta e possibilitar-me soltar algum som ou ruído.

-Mãe? - Eu tentei, mas saiu mais como um grunhido que realmente uma palavra. Minha voz estava grossa, e arranhava a minha tranqueia quando o bolo de ar passava por ela e saía pelos meus lábios.

Entretendo, esse gemido ou ronronado foi o suficiente para desprender a sua atenção no encadernado que estava lendo e se virar para mim. A reação de Dona Enilda não me pode parecer mais estranha. Uma emoção se espalhou pelo seu rosto. Lágrimas se acumularam nos seus olhos e ela começou a agradecer com palavras e gestos. Sentou-se mais que depressa ao meu lado.

-Minha filha...-beijava minha mão enquanto sorria e chorava. - Que bom que você acordou meu amor, eu pedi tanto, eu quis tanto. Você não sabe o quanto eu sofri durante esses meses.

Opa! Meses? Eu estava dormindo fazia meses? Espiei ao meu redor e vi as cores claras e tons suaves de azul e verde, notei que me encontrava em um leito de hospital. O som nada mais era que meu monitoramento cardíaco. O que foi que eu fiz? Ou que me fizeram?

-Mãe...Tudo doí. -Falei querendo além de ela me soltar um pouco, poder chamar sua atenção.

-Meu amor me desculpe. Sua mãe está feliz demais, não sabe como eu tive medo de nunca mais te ver acordada. - Mal terminou de comentar e soltou mais um choro agudo.

Sabe aqueles momentos que sua mente trabalha em stand by? Era para eu está desesperada, eu queria está assim. Mas tudo parecia que funcionava dentro de mim com o mínimo de energia necessária.

-O que aconteceu mãe? Porque estou em um hospital? Eu fiquei dormindo meses? - Meu medo era perceptível. Lembrei-me de todos os casos de comas que durava uma boa parte da vida.

-Minha filha, calma. Eu vou chamar o médico para te examinar, não se preocupe. - Não me preocupar... Seria possível?

Enxugando as lágrimas com a mão, ela se levantou e foi até a porta do quarto. Tão logo foi já estava de volta acompanhada de um homem vestido com roupas brancas, parecia feliz de ver-me de olhos abertos. Seu sorriso era muito gentil.

-Agatha, que bom que acordou. Deu-nos muito trabalho, ouviu?- Eu fiquei um pouco desconcertada. -Vamos precisar te examinar, vou chamar uma enfermeira. A Senhora poderia esperar lá fora? - Falou virando para minha mãe que parecia relutante. -Ela vai ficar bem, vou cuidar direitinho dela.

Lembraças De Nós DoisOnde histórias criam vida. Descubra agora