O médico do QEP

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Notas iniciais: Mais um capítulo de Genes! Espero que gostem! Não esqueçam de votar, okay? Boa Leitura.

John Minstone soltou um alto suspiro, alisando devagar o seu queixo enquanto observava do seu consultório em um antigo prédio de algum CEO aleatório de Vancouver, Andrew Buchile, o loirinho que não parava de sorrir, nem mesmo depois de todo esse desastre no mundo.

Ambos haviam se conhecido ainda no ensino médio, por um acidente de John na aula de química, qual Andrew havia sido a sua dupla. Minstone tão encantado no seu colega de classe, nem tinha percebido que colocou uma substância a mais do que a professora havia pedido. Fazendo uma bela explosão digna de filme de comédia.

E naquele momento que ele havia percebido que ele estava ferrado.

Quando o loiro riu, mostrando seus dentinhos pequenos para ele, sua enorme gargalhada que formava covinhas nas suas bochechas e os olhos um pouco vermelhos pelas lágrimas de alegria que saia daquele ser contagiante, que nem se importava que estava tão sujo quanto John. Foi uma paixão à primeira vista.

Ele esperava que tudo isso iria acabar rápido, como todas as suas outras pequenas paixões, naquela época ele não tinha tempo para isso se queria realmente se tornar um médico. Era apenas se afastar o suficiente do seu colega de classe e simplesmente deixar a paixão ir embora, como nas outra vezes, mas ele não esperava que depois daquele pequeno desastre, Andrew viraria seu amigo. O seu melhor amigo. Jogando todos os seus planos de desistir ou esquecer aquela paixão para o fogo.

Quanto mais se aproximava de Andrew, mais sentia que ia se apaixonando por ele, a cada dia, uma pequena ação, o seu costumeiro sorriso, até mesmo a som da voz de Andrew chamando o seu nome era o suficiente para colocar um sorriso no rosto do futuro médico. Era isso o que mais doía nele, embora tivessem criado uma relação em qual o loiro adorava brincar com John como se fossem namorados, ou algo do tipo. Minstone brincava junto, mas a dor só vinha quando ele chegava na sua casa e via que aquilo não passou de brincadeira.

E por quanta de todos esses anos de amizade e brincadeiras, mesmo com Andrew já ter confessado que era gay assim como ele. O loiro não iria o levar a sério, mesmo que ele tentasse e olhe só, ele já tentou.

Enfim restou para John apenas observar sua paixão de longe, ver o seu não tão seu loirinho sair com outros caras, ouvir sobre como foi seus encontros, assistir Andrew andar ao seu lado com um sorrisão no rosto e não poder pegar na sua mão ou poder beijar a sua boca. Ou ser aquele que nunca ia ouvir um eu te amo de um namorado, apenas um eu te amo de um melhor amigo.

Se tornado apenas um telepectador de um perfeito filme chamado Andrew Buchile, em apenas observar os cabelos loiros que voavam toda vez que ele andavam saltitando, os olhos de uma cor ambâr piscando para ele, quando ele dormia em seu colo ou quando brigava com ele, dando fortes tapas em seu braço. Ou apenas em olhar a diferença de tamanhos entre os dois, sendo Andrew bem mais baixo que ele e como adorava provocar o loiro desta forma.

Mesmo depois de toda a confusão, mortos-vivos entrando na escola no dia em que estavam se formando para enfim ir para a faculdade. A única reação de John foi apenas em agarrar a mão de Andrew e correr, para longe da escola, para longe dos bairros movimentados, apenas para parar, quando a adrenalina saiu do corpo, a única reação do corpo de John foi puxar Andrew para seus braços e apenas o abraçar, agradecendo a si mesmo na sua cabeça por ele está vivo ao seu lado. Até hoje quando Andrew pergunta sobre isso a ele, o médico atual do QEP não responde.

— John? Babando pelo o Andrew de novo? — A voz irritante e conhecida ecoou no seu laboratório, tirando as memórias do médico da sua cabeça e o fazendo tirar os olhos da janela, os deixando pousar na figura ruiva a sua frente, com seu sorriso provocador nos lábios.

— Por que não me deixa em paz, hm? — O médico de cabelos negros um pouco claros, quase como um azul bem escuro se levantou, colocando seu óculos com a armação vermelha nos olhos novamente e massageando apenas uma tempora enquanto se levantava. Vendo o garoto que Jack trazia nos braços. Enfim sentindo o cheiro que se alastrou pelo o seu consultório, John cobriu a boca e o nariz. — Mas que merda é essa? Trouxe um Morto-vivo para cá é?

— É mais para Vivo-morto. É um dos sobreviventes, encontrei ele no Oeste, andando com zombies, coberto por tripas mas completamente vivo e ele me disse que não foi mordido. — Jack deixou o homem deitado em uma das macas que tinha no escritório de John.

— É o que veremos, por que trouxe ele direto para mim? Onde está David? — O médico se aproximou do armário de remédios, pegando um algodão e álcool. — Por que ele está desacordado?

— Ele deve estar morto de cansaço disse para mim que está andando desde a queda do EDG. Então deve ser a bastante tempo. — O ruivo perguntou dando de ombros, puxando a cadeira que antes o moreno estava sentado e ficando ali.

— Então a EDG acabou mesmo, tsc. — Resmungou John se aproximando de Laurent, depois de colocar duas máscaras cirurgica, uma para proteção e outra para parar mais o cheiro terrível de carne morta. — Com essa, quantas sobraram?

— Richmond do Leste, Nova Fronteira no Norte, QED com East Side e RC com a outra parte do Leste.

— Então o Sul foi tomado de novo, essa horda está subindo Jack, logo ela vai chegar ao Leste e eu não sei se vamos conseguir proteger esse lugar. — O médico mergulhou o algodão no álcool, passando no pescoço do garoto desmaído. Atrás de alguma mordida visivel.

— Não tem essa opção de não proteger esse lugar. A RC é a nossa única aliada, mas aquele lugar é menor de todos. Richmond não abre as portas para qualquer um e você sabe como a Nova Fronteira é, entre ali e nunca mais saia, vire escravo deles e ai sim, você pode sobreviver lá.

— Tudo bem, tudo bem Tubarão, apenas disse o que eu pensava. — O médico sorriu de lado para o ruivo, enfim se afastando no garoto e tirando as luvas que usava, como também as máscaras. — Bem, seu sobrevivente do Oeste não tem mordidas visivéis, mas preciso dele acordado para fazer mais exames e ele ainda tem que ficar vinte e quatro horas na zona de conteção. Deixe-o aqui, pedirei para David o levar até lá. Agora, você não tem que encontrar alguém?

Tanto o ruivo quanto o moreno sorriram, Jack tinha que voltar para o seu Haru.

— Obrigado, Minstone. Vou te dever uma. Quem sabe eu tento te ajudar mais um pouco com o Andrew, hm? hm? — O ruivo cutucou o médico o fazendo rir um pouco.

— Vá logo antes que eu me arrependa de ter te liberado. — O moreno revirou os olhos, dando um leve soco no ombro do amigo.

(***)

Damen Carpulet sentou-se com um grande suspiro na cadeira do laboratório, enquanto retirava as luvas e as jogando no lixo, os olhos fixos na cobaia que antes estava o encarando com vida, agora apenas dois pares de olhos cinzas e suas tentativas falhas de alcançar a carne a sua frente. Este nem ao menos se importava se pisava no corpo tão apodrecido quanto o seu, não importava mais se ele em vida fosse o seu irmão.

Mais um que não havia conseguido suportar seu tratamento. Não importava o quão bem de saúde eram, o vírus denominado como Zumbi se apegava a qualquer hospedeiro, sendo doente ou saudável. Já estava se tornando fato.

Damen se levantou, com a pistola em suas mãos atirou na cabeça do corpo apodrecido, não houve receio algum, era melhor matar do que apenas o deixar ser algo que tanto temia, quando ainda em vida. Vendo todo o crânio explodir contra a redoma de plástico revestido, deixando ali o liquido viscoso verde espalhado. Com o corpo caindo de forma lenta e escorregadia por cima do outro corpo. Tornando-se apenas um monte de carne podre.

Pegou o celular que começou a tocar, atendendo enquanto se sentava e cruzava as pernas. Jogando a arma que havia usado de qualquer jeito em cima da mesa.

— O que tem para mim, hm? — O cientista perguntou.

— Acho que encontrei alguém perfeito para você, Damen. Ele agora está passando pela a vistória do John. Se chama Laurent Lanford e sobreviveu ao Oeste. — A voz animada do ruivo era palpavél.

— Traga-o para mim depois que ele terminar as etapas. Estarei esperando. 


Notas Finais: Espero que tenham gostado! Até o próximo capítulo.

Kissus, babys. 

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⏰ Última atualização: Mar 06, 2019 ⏰

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