[ I S A B E L A ]
— Amiga, não acredito que isso aconteceu com você. - Carla falava isso pela milésima vez enquanto me abraçava.
Nós estávamos na sala de casa, sentadas no sofá enquanto eu contava toda a história para ela e Larissa. Ambas ficaram chocadas e bastante preocupadas comigo.
— O delegado foi gentil, pelo menos dessa vez. - Larissa comentou e eu apenas sorri fraco, estava muito cansada, afinal, já era noite e tudo aquilo me deixou extremamente fadigada.
— É o mínimo que ele poderia fazer, porque da última vez ele foi super arrogante e tudo isso aconteceu por culpa dele. - Carla rebateu com sua típica expressão impaciente.
— A culpa não foi dele, poderia ter acontecido com qualquer um. - respondi massageando as têmporas.
— Você é tão boazinha que chega a me estressar. Mas enfim, o que o médico disse? - Carla perguntou.
— O médico é pai dele, ele me atendeu super bem e foi muito legal comigo, pediu desculpa pelo filho dele e tudo. Ele disse que eu estava bem, recomendou apenas aspirinas caso eu tenha alguma dor de cabeça. - respondi.
(…)
— Você deve ter ficado muito assustada, mas ainda bem que nada aconteceu. - Pedro, o investigador, falava enquanto eu organizava uns papéis na mesa de Taís.
— É, mas agora tá tudo bem. - respondi olhando-o e ele sorriu mostrando seus dentes.
Ele era bem bonito inclusive.
— Sabe - pigarreou. — Qualquer dia desses, você não gostaria de almoçar comigo? - desviei o olhar dos papeis até ele e corei.
A barba dele era charmosa destacando muito bem a sua beleza.
— Pode ser. - respondi ainda envergonhada.
Nesse momento a porta foi aberta de uma vez revelando o delegado Nicholas, ele usava uma blusa social branca com as mangas arregaçadas, uma calça preta justa que davam destaque para suas pernas torneadas, seu cabelo castanho claro estava levemente bagunçado e sua barba estava rala.
Definitivamente ele era muito lindo, talvez um dos homens mais bonitos que já conheci.
— Bom dia. - sua voz rouca e séria me despertou dos meus devaneios. — O que faz aqui, Gomes? - perguntou se dirigindo a Pedro.
— Vim apenas saber como Isabela está depois do ocorrido. - respondeu seriamente e Nicholas arqueoou a sobrancelha.
— Já deve ter visto, então vá na minha sala, porque preciso falar com você. - sua voz soou como uma ordem e Pedro apenas assentiu.
— Até mais, Isabela. - se despediu olhando para mim e sorrindo, logo em seguida, se retirou deixando Nicholas e eu a sós.
Já estava sentindo minhas bochechas corarem, porque o delegado me olhava fixamente como se quisesse falar alguma coisa. Tomada por um ímpeto de coragem, olhei em seus olhos castanhos mel e senti minha pele se arrepiar.
— Deseja algo, senhor? - perguntei e agradeci aos céus por não ter gaguejado.
Senti que ele ficou um pouco desconcertado, passou a língua entre os lábios e engoliu em seco.
— Apenas quero que leve as últimas intimações na minha sala daqui a pouco, por favor. - pediu mantendo uma postura séria.
— Ok, logo mais levarei. - afirmei.
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Meu Delegado Possessivo
RomanceNicholas Bittencourt é um dos delegados mais prestigiados do Rio de Janeiro, extremamente focado em seu trabalho, é um homem muito sério e responsável, mas que vive rodeado de perigo. Isabela Marinho tem dezenove anos e mora com suas melhores amiga...