Capítulo 3

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[ I S A B E L A ]

  — Amiga, não acredito que isso aconteceu com você. - Carla falava isso pela milésima vez enquanto me abraçava.

  Nós estávamos na sala de casa, sentadas no sofá enquanto eu contava toda a história para ela e Larissa. Ambas ficaram chocadas e bastante preocupadas comigo.

   — O delegado foi gentil, pelo menos dessa vez. - Larissa comentou e eu apenas sorri fraco, estava muito cansada, afinal, já era noite e tudo aquilo me deixou extremamente fadigada.

   — É o mínimo que ele poderia fazer, porque da última vez ele foi super arrogante e tudo isso aconteceu por culpa dele. - Carla rebateu com sua típica expressão impaciente.

  — A culpa não foi dele, poderia ter acontecido com qualquer um. - respondi massageando as têmporas.

   — Você é tão boazinha que chega a me estressar. Mas enfim, o que o médico disse? - Carla perguntou.

   — O médico é pai dele, ele me atendeu super bem e foi muito legal comigo, pediu desculpa pelo filho dele e tudo. Ele disse que eu estava bem, recomendou apenas aspirinas caso eu tenha alguma dor de cabeça. - respondi.

(…)

   — Você deve ter ficado muito assustada, mas ainda bem que nada aconteceu. - Pedro, o investigador, falava enquanto eu organizava uns papéis na mesa de Taís.

   — É, mas agora tá tudo bem. - respondi olhando-o e ele sorriu mostrando seus dentes.

  Ele era bem bonito inclusive.

   — Sabe - pigarreou. — Qualquer dia desses, você não gostaria de almoçar comigo? - desviei o olhar dos papeis até ele e corei.

  A barba dele era charmosa destacando muito bem a sua beleza.

   — Pode ser. - respondi ainda envergonhada.

  Nesse momento a porta foi aberta de uma vez revelando o delegado Nicholas, ele usava uma blusa social branca com as mangas arregaçadas, uma calça preta justa que davam destaque para suas pernas torneadas, seu cabelo castanho claro estava levemente bagunçado e sua barba estava rala.

  Definitivamente ele era muito lindo, talvez um dos homens mais bonitos que já conheci.

   — Bom dia. - sua voz rouca e séria me despertou dos meus devaneios. — O que faz aqui, Gomes? - perguntou se dirigindo a Pedro.

   — Vim apenas saber como Isabela está depois do ocorrido. - respondeu seriamente e Nicholas arqueoou a sobrancelha.

   — Já deve ter visto, então vá na minha sala, porque preciso falar com você. - sua voz soou como uma ordem e Pedro apenas assentiu.

   — Até mais, Isabela. - se despediu olhando para mim e sorrindo, logo em seguida, se retirou deixando Nicholas e eu a sós.

  Já estava sentindo minhas bochechas corarem, porque o delegado me olhava fixamente como se quisesse falar alguma coisa. Tomada por um ímpeto de coragem, olhei em seus olhos castanhos mel e senti minha pele se arrepiar.

   — Deseja algo, senhor? - perguntei e agradeci aos céus por não ter gaguejado.

  Senti que ele ficou um pouco desconcertado, passou a língua entre os lábios e engoliu em seco.

   — Apenas quero que leve as últimas intimações na minha sala daqui a pouco, por favor. - pediu mantendo uma postura séria.

   — Ok, logo mais levarei. - afirmei.

Meu Delegado Possessivo Onde histórias criam vida. Descubra agora