O Coelho E A Raposa

Caçada

-Autora-

Shelk era uma raposa arisca, mas, mesmo com os que dizem que raposas não são confiáveis pois podem ser mentirosos e traiçoeiros ele nunca foi igual aos outros. Shelk é a pessoa mais honesta que ele conhece, bom.. Não é como se a sua vila de raposas, de nome Vulpes fosse a mais honesta de todas as vilas, mas ainda assim não eram mentirosos vigaristas como os povos de outras vilas costumam dizer.

Mas, como todo carnívoro, é necessário caçar para conseguir sua comida. Não gostava muito de ter que matar vidas inocentes apenas para satisfazer seus caprichos, mas a carne era ecencial para sua raça, mesmo que quisesse para simplismente não conseguia. Era como uma droga, viciante.

Estava mais um dia indo caçar tanto para você quanto para a vila. A época de Inverno estava chegando e tinham que conseguir o máximo de comida o quanto antes, e como todo jovem da vila ele era designado a participar da caça para conseguir comida, e mesmo que não goste nem um pouco da idéia tinha que faze-lo para conseguir alguns "pontos" Para arranjar trabalhos melhores do que ficar cuidando dos animais da fazenda. (Acredite, é horrível)

Ficou em sua forma de raposa e se esqueirou nas plantas e árvores para tentar caçar um camundongo que havia avistado.
Foi andando agachado bem devagar até chegar perto o bastante para dar o golpe final; um pulo em cima do camundongo prendendo suas presas nas costas e barriga do animal já morto.

- Boa caçada. - disse seu amigo Keler, se aproximando em sua forma humana para perto de Shelk. - Mas eu estava de olho nele. ~ - falou fazendo bico.

Shelk fez um pedido de desculpas silencioso e começou a andar farejando o ar em busca de algum novo alvo.

- Ei, Shelk! Poderia pegar alguns coelhos? Alguns outros animais andam roubando alguns dos nossos. - Keler grita já que Shelk está um pouco afastado.

Shelk apenas acena com a cabeça e começa a correr na direção Sul em busca de algo para caçar ou algum Coelho para capturar.

Continuou correndo sem fazer barulho até ouvir o som de um galho quebrando perto de si. Parou abruptamente após enxergar um pequeno coelho todo machucado, tentando fugir de um coiote.
Shelk ficou com muita pena do animal, e como estavam precisando de mais coelhos férteis para poderem se reproduzir.

Shelk se aproximou cautelosamente, se escondendo na grama alta que tinha naquele campo.

Se aproximou...

Se aproximou...

Se aproximou...

Quando viu que finalmente estava perto o suficiente ele se lançou com toda a sua força para cima do coiote, o lançando para longe. Logo se escondeu na grama segurando o coelho delicadamente pelo pescoço.
O coiote rosnou e se levantou mancando um pouco por ter batido a pata e a cabeça em uma pedra.
Como ele estava meio confuso por causa da pancada aproveitando-se disso, Shelk colocou o coelho no chão e pulou novamente em cima do coiote agarrando o pescoço do mesmo com seus dentes.
O coiote se debatia tentando tirar Shelk de cima de si mas a morte lhe era inevitável. Em poucos minutos o coiote já estava caído no chão respirando com dificuldade e saindo baba com sangue de sua boca. Shelk não queria mais ver aquilo então se direcionou aonde lembrava estar o coelho e o encontrou deitado da mesma forma que o deixou e o mesmo o olhava tanto agradecido quanto assustado, porém não fez nenhum movimento.
Shelk voltou a sua forma humana e encarou o coelho novamente e o mesmo parecia estar envergonhado. Talvez por que estivesse sem suas roupas?

- Irei leva-lo para minha vila, você precisa de cuidados ou vai morrer. Não tenha medo, certo? - Shelk disse enquanto acariciava uma das orelhas do pequeno coelho, esse que se aconchegou e quase dormiu com o carinho.
As orelhas era uma das partes sensíveis para um coelho, assim como a cauda.

Shelk se transformou em raposa novamente e pegou o coelho de forma delicada pelo pescoço e logo começou a caminhar de volta a onde se encontrava sua vila.