Capítulo 1 - Incompleto (Sem revisão)

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Socorro!

O pânico estava instalado. Um lugar repleto de pessoas desesperadas, não existia qualquer assistência, não existia médicos ou enfermeiros, que pudessem chegar até aquelas pessoas. Todos falharam no teste. Quem ficou para trás não receberá ajuda, não há qualquer possibilidade de cura.

. Ajuda alguém, por favor.

Grita Dora vendo todos aqueles jovens sem socorro.

Quando Dora percebe que ninguém teria qualquer suporte, se mantém ainda mais perdida, porque apenas ela é carregada por um homem de alta estatura, vestido de branco, com luvas verdes e uma máscara cinza, suado por exaustão, leva Dora, que ainda não conseguia falar, ela apenas via as outras pessoas sem rumo para onde fugir, todos em pânico, jogados no chão, machucadas, com membros dilacerados e sangue por todo lado, parecia muito com um cenário de guerra. Era quase impossível tudo aquilo ser real.

As imagens eram fortes, ainda era possível sentir um odor incômodo de fezes e sangue, pelo tempo que provavelmente era longo. Alguns já mortos e outros em transição para morte, sentem a tristeza pela falta de piedade. O ambiente hospitalar não tinha qualquer preparo estrutural, interiormente abandonado, com paredes sujas por mofo, colchões impróprios e completamente rasgados, com total impossibilidade de atuação médica lá dentro, mas Dora a cada piscar, novas imagens surgiam com características bem distintas, algo muito confuso acontecia na vida de cada um deles.

Essas novas imagens era intensas para Dora, ela possuía algo muito sério dentro dela, estava doente e tudo poderia ser justificado pelo seu desequilíbrio mental, mas claramente existia algo fora do normal.

Dora em alguns momentos conseguia ver aqueles jovens calmos, sentados ou até mesmo deitados em suas camas, porém em outra situação era uma total desordem. Evidentemente Dora estava delirando.

A mente de Dora era uma bagunça, os seus sentimentos não eram claros, a noção de realidade estava abalada, ela podia ver dois momentos naquela situação, conseguia ver todos normais, sentados a espera de um atendimento normal, médicos vestidos adequadamente, contudo era possível visualizar de outra maneira, era claro quando a visão era do inferno.

Ela conseguia escutar os gritos de dor das pessoas, a agonia que sentiam por algo queimar de dentro para fora todos os seus órgãos, uma imagem única nunca vista por ela. Os seus corpos se desfazem em uma gosma verde, mas mesmo assim existia a emissão das vozes, com súplicas de ajuda e gritos de socorro, ela juraria que uma das pessoas tinha a barriga sendo queimada em chamas, só poderia ser uma alucinação, não existiria outra explicação plausível. Eram gritos de ajuda, estavam sozinhos e apenas Dora tinha alguém a carregando para algum lugar. Eram serem humanos depositados no chão, ninguém provia ajuda, apenas Dora.

Desmaiou e depois de um tempo, em outro momento se viu confortável em uma cama limpa, com o médico e dois enfermeiros. Não escutava mais ninguém pedindo por ajuda, era um silêncio cruel e amedrontador.

Ela só conseguia pensar nos seus amigos e em como poderia ter chegado naquele ambiente inóspito.

Por alguma razão foca o seu olhar na mesa ao lado, era uma bancada com instrumentos cirúrgicos, sujos por sangue. Mesmo parecendo limpo, nada daquele lugar era correto. Na sua mente passou todas as possíveis respostas. A sua lembrança era de estar em uma festa da faculdade, junto com os seus amigos próximos, mas lembra que o clima era outro. Ela conhecia apenas os seus amigos, o resto das pessoas eram completamente desconhecidas, alguns resquícios de memórias surgem, mas nada é esclarecedor, servindo apenas para deixar Dora ainda mais desesperada.

. Está conseguindo falar?

Ela força a fala, sente uma grande dificuldade. Os seus lábios ficaram moles, mas alguma coisa acabou sendo emitida.

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⏰ Última atualização: Aug 06, 2020 ⏰

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