First

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Megan's Point of view

Às 22:27

30 de Março de 2018

Indianópolis, Indiana – EUA

Minha preocupação já havia passado dos limites, após recolher toda aquela sujeira que eu havia encontrado na cozinha, tentei diversas vezes ligar para o meu papai na intenção de ficar à par da situação mas infelizmente o mesmo não me atendeu.

Hoje seria o dia marcado por minha mãe para que pudéssemos ter um bonito e agradável almoço em família, mas aparentemente isso será meio impossível depois do que eu vi hoje.

Assim que cheguei em casa hoje à tarde me deparei com aquele tanto de comida espalhada pelo o chão junto aos copos e pratos de vidros que obviamente estavam totalmente estraçalhados. No início achei tudo muito estranho, várias teorias se passaram em minha mente enquanto eu arrumava toda aquela bagunça e nenhuma dela foi possível ser considerada relevante.

Até havia pensado na hipótese do meu papai ter discutido feio com a minha mãe e ter resultado nisso, essa até agora era a mais considerável. Já estava ficando preocupada com o meu querido pai, como havia dito, liguei diversas e diversas vezes para o mesmo e infelizmente ele nem sequer me atendeu.

Eu necessitava de uma justificativa para isso urgentemente.

Era tarde quando eu finalmente tinha conseguido retirar todos aqueles vestígios de vidros e restos de comidas derramados por ali, tomei um banho totalmente relaxante e demorado assim que havia acabado.

Já estava quase na minha hora de dormir, então optei por um shorts moletom de cor preta bem curtinho e uma camiseta antiga, o comprimento da mesma barrava em meu umbigo deixando o resto do meu abdômen totalmente a mostras.

Não estava muito afim de trançar o meu cabelo, então acabei por deixando o mesmo solto, meus cachos não definidos caíam por o meu ombro de uma maneira bagunçada e agradável.

Estava descendo as escadas, na intenção de ligar para o papai novamente, talvez ele resolvesse atender o seu telefone agora, quando ouvi um som de carro se aproximar da casa, olhei por a brecha de uma das janelas ali na sala e vi o tão carro conhecido por mim estacionando ali.

Era ele, senti minha mente relaxar novamente e acabei por suspirar e sorrir, sei que ele é um homem adulto e sabe muito bem se cuidar sozinho mas mesmo assim o mesmo não deixa de ser o meu pai, preciso e devo me preocupar com o seu bem estar custe o que custar.

Parada em frente da porta esperei ansiosamente para o ver, papai entrou segundos depois mas a sua feição não estava aparentemente nada legal.

O homem dono dos tão lindos olhos azuis entrou por aquela porta cambaleando e com os olhos tomados pela a cor vermelha, no mesmo instante franzi o cenho para tal comportamento.

Foi um total sacrifício para o mesmo finalmente fechar aquela porta, senti algo estranho em meu peito ao vê-lo daquela forma. Assim que os seus olhos encontraram o meu, pude ver o quanto escuro os mesmos estavam, a imensidão azul que estava acostumada à apreciar pareceu ter ido embora e aquilo me deixou meio triste.

Olhei-o esperando uma resposta à tudo isso mas tudo o que ele sabia fazer era me encarar, estranhei quando o seu olhar percorreu por todo o meu corpo diversas vezes, ele parecia querer buscar algo em mim, por um segundo passei os olhos em meu corpo procurando alguma coisa que pudesse ter chamado a atenção dele mas não encontrei nada, eu estava normal.

— Boa noite princesa! – Papai disse após minutos nos encarando, seu sorriso foi totalmente diferente do que eu conhecia, foi inevitável não fazer uma careta ao sentir um cheiro forte e desagradável de álcool escapar dos seus lábios, não demorou muito para eu sacar o que talvez pudesse ter acontecido aqui – Sentiu minha falta? – Perguntou ao se aproximar ainda mais de mim.

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