Irmãos sempre brigarão, mas nunca se odiarão.

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     Ártemis nunca odiou Apolo (embora tivesse gritado "Eu te odeio!" na cara dele várias vezes), ela nunca realmente odiou o irmão. Mas ele sempre pegava qualquer ser vivente na terra que o deixasse excitado (como se zombasse do fato dela ter jurado virgindade eterna) e tudo que a irritava parecia existir na personalidade do irmão. Já Apolo simplesmente sentia ciúme e inveja do fato do pai sempre apoiar a irmã, além de se sentir magoado por ela sempre preferir ficar com suas caçadoras do que com ele.
     Eles não tinham nada em comum, e isso provocava brigas entre os dois (mesmo Apolo tentando ser paciente e bem humorado na presença da irmã, tudo tinha um limite), mas o fato de serem opostos nunca influenciou o amor fraternal que tinha entre eles, nem nunca os impediu de terem bons momentos juntos. 
     Como Ártemis adorava cavalgar com o deus do sol pelas florestas, atirando flechas por todo lado e rindo com ele como se fossem dois loucos sem sequer entender o motivo da alegria.
     Como Apolo esperava ansiosa e impacientemente os dias em que aconteceria o Eclipse para poder passar mais tempo com a irmã e poderem conversar sobre qualquer assunto bobo enquanto esperavam a hora de juntos fazerem o fenômeno natural, nessa hora ela não saía correndo para suas caçadoras, lhe lançado um olhar de nojo, e parecia até gostar de sua companhia. 
     Mas o mais esperado evento era o piquenique anual que fariam com sua mãe, Leto. Mãe e filhos se sentavam na praia da ilha que a titã estava condenada a ficar por causa da ameaça de Píton e comiam, riam e tagarelavam sobre novidades do mundo moderno.
     Ártemis as vezes se pega pensado no bebê loiro que ajudou a trazer ao mundo... Antes de esse bebê assumir a forma de um adolescente sorridente e um tanto metido que começou a fazer haicais horríveis.
     Já Apolo sempre sorria quando lembrava do par de olhos prateados o encarando carinhosamente... E sempre tem um ataque de risos histéricos quando lembra de uma voz irritada e horrorizada gritando para ele parar de fazer haicais tão horríveis.     
     Apolo e Ártemis sempre brigaram, mas também sempre se amaram.  
          

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