1° Acto

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- Mano acabei por cometer a maior borrada da minha vida

- Como assim?

- Lembras daquela rapariga da qual falei da outra vez?

- Quem  a Laila?

- Sim, os pais viram as nossas conversas
- Porra mano isso é sério?

- Sim mano estou nervoso
- Bem nervoso ou não vaís ter de dar as caras

-Sim eu sei...

Sem saber o que dizer ou que pensar caminha a casas de Laila, quando lá chego ela abre a porta para mim, não falamos nada só olhavamos um para o outro desapontadamente com um olhar frio como o tempo de Cacimbo.

- Posso entrar?

- Entre os meus país estão a tua espera na sala

Iamos a subir a escada a cada degrau a cada passo era como um Big Bang em meu peito, como pode ter aconteido tal coisa? Como chegamos a este ponto? Como?

Assim que entramos em sua casa nos deparamos com sua mãe, seu olhar é arrasadoramente quente como a lava de um vulcão, sua respiração exalta a fúria.
Sentem ai - Diz em tom passivo, mal nos sentamos o pai de Laila sai do WC e olha para nós mas olha de uma forma como se soubesse o que fazer, como se aquela não fosse a primeira vez que fazerá aquilo.

-Estás bem? - Diz olhando para mim

-Sim estou.

-Bem vamos começar...

A primeira coisa que pensei quando ouvi tais palavras era de que provavelmente levaria uma surra mas, ele simplesmente sentou-se na mesa e começou a falar.

-Como te chamas jovem?

-Telmo chamo-me Telmo

-Eu quero o nome completo

-Telmo Emanuel Gonsalves

Então ele começou a apontar  os meus dados em uma folha de papel, meu pensamento fica tipo "O que se passa aqui?" Ele passa tudo meu nome minha idade, nome da minha mãe, do meu pai tudo e a cada rascunho eu me sentia mais nervoso. Até que ele começou a confabular conosco.

-Bem o fazes da vida?

-Sou estudante universitário

-Hum que interessante qual curso?

- Telecomunicação e eletronica

- Uau estás a ver que desilusão até pareces alguém responsavél.

Eu apenas balançei a cabeça em concordância, desapontado, irritado, triste comigo e com esta situação.

- Mas jovem qual o seu objectivo com a minha filha?

- Eu.. eu apenas...

- Olha apartir daqui tens de ser sincero para não te preojudicares mais do já estás.

- Sim senhor. Eu apenas quis ter alguém para conversar de tudo um pouco.

- DE TUDO UM POUCO ESTÁS A GOZAR COMIGO!!? - Diz a mãe de Laila estérica, afinal como não poderia estar se a filha de 12 anos troca mensaguens não tão amigaveis com alguém de 19 anos, era mais do que motivo suficiente. Naquele momento só pude culpar a mim, só a mim.
Calma - Diz o pai de Laila acalmandoa.
Neste momento olhei para Laila enquanto observava a sua mãe a falar, o seu rosto? Não demonstrava expressão alguma como se não entendesse a gravidade do que se passava e no ar só se sentia o cheiro do medo, da raiva, da magóa, do desespero. E então logo pensei que fiz eu, onde fui me enfiar?

Manual do SuicídioOnde histórias criam vida. Descubra agora