Indigo Blue Love

Floresta

"Essa era a última Sasuke san." Hinata disse antes de desativar o byakugan. Fomos atacados por um enxame de vespas venenosas depois de passar perto da coméia delas.

"Primeiro sanguessugas que saem do nada e agora isso! O que mais falta aparecer nessa floresta maldita?" Eu disse também desativando meu sharingan. De repente, senti uma dor aguda no meu braço direito que irradiava para todo o pescoço também. Caí de joelhos no chão. Uma das vespas havia me picado sem que eu percebesse.

"Sasuke san! Temos que tratar isso o mais rápido possível. Essas picadas são extremamente venenosas... Sasuke san! Sasu..." A voz da Hinata foi ficando cada vez mais baixa e minha visão escura. Acabei desmaiando.

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Acordei sentindo algo molhado em minha testa, quando coloquei a mão percebi que era uma toalha. Provavelmente tive febre durante a noite. Kuso! Isso estava totalmente fora dos meus planos. Perdemos uma noite de caminhada por minha culpa. Olhei ao redor e Hinata não estava por perto. Como eu estava sem camisa supus que ela deve ter usado algum ninjutsu médico para retirar o veneno do meu corpo. Tirei a toalha da minha testa e me sentei. O céu indicava que já estava quase amanhecendo.

"Sasuke san. Não se mova muito, precisa descansar um pouco mais para se recuperar totalmente." Ouvi a voz de Hinata atrás de mim. Ela carregava algumas frutas e um cantil com água que havia recolhido na floresta. Quando me viu sentado, ela correu para conferir minha temperatura e se assegurar de que eu estava bem. Colocou uma das mãos na minha testa e depois no meu pescoço. Ela tinha uma expressão tão preocupada, e um cheiro tão bom...

"Daijoubu Hinata. Eu já estou bem, não precisa se preocupar." Eu disse sem emoção, olhando-a nos olhos.

"H-hai... Se nos apressarmos podemos alcançar os outros times, eles não foram muito longe por conta das armadilhas e também pararam durante a noite." Ela disse e eu assenti com a cabeça. Comemos as frutas e saímos. Hinata é realmente uma excelente médica, as dores já haviam praticamente passado e eu já me sentia bem melhor.

"Temos que nos apressar. Perdemos muito tempo descansando essa noite e acabamos deixando os outros times se distanciarem." Eu disse muito mais para mim mesmo do que para Hinata, que ouviu e respondeu:

"Me desculpe, foi decisão minha ter ficado a noite na floresta. Depois que retirei o veneno do seu corpo, deveria ter te dado algo para acabar com o sono que o veneno causou e ter seguido em frente, mas fiquei preocupada se você ficaria bem o suficiente para continuar. Foi minha culpa..." Como sempre, ela estava pensando mais nos outros do que em si mesma.

"Não estou te culpando. Deveria ter sido mais cuidadoso com aquelas vespas. Você só fez seu trabalho. Se as outras equipes não estão tão longe e nós temos a vantagem de saber onde estão as armadilhas. Podemos alcançá-los." Eu disse sem muita emoção na voz, mas parece que foi o suficiente para tranqüilizá-la.

"Hai! Ganbarimashou."

Estávamos correndo a toda velocidade entre os topos das árvores. O sol estava começando a ficar mais quente e o vento estava soprando mais forte entre os galhos. Existia um silêncio estranho entre nós. Ele não era desconfortável, mas também não era a melhor coisa do mundo. Senti que deveria conversar com ela, mas não sabia o que dizer o que era muito estranho, já que eu nunca tive problemas com as palavras... Hinata quebrou o silêncio dizendo que havíamos ultrapassado o time do Naruto. Ela disse que a raposa havia sido pega em uma armadilha. Ele estava dependurado por uma perna de cabeça para baixo resmungando e se sacudindo muito e que Kiba estava tentando alcançar a corda para cortá-la com uma kunai.

"Pobre Naruto kun." Ela disse com um tom de voz pesaroso.

"Não se preocupe com o Naruto, ele vai ficar bem. Aquele cabeça-oca é incrivelmente sortudo." Disse. Eu realmente não entendo o que ela vê naquele baka. Aliás, o que ele tem que eu não tenho? Ou melhor: O que o Naruto tem que qualquer outro cara não tem? Definitivamente ela só pode ter algum tipo de queda por homens tortos, barulhentos e com leve retardamento mental.