Capítulo 1 - Primeiras Notícias

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23/12/2020, um dia que a humanidade jamais esquecerá.

Já era tarde da noite, eu estava fuçando no meu Face, quando me deparei com uma notícia de um fungo alienígena encontrado nos meteoritos que caíram, mais do que depressa liguei para meu irmão.

- Alô?- Ele disse com uma voz de sono.

- Joe, sou eu, o Max.

- Porra mano! São 3 da manhã, você me acordou pra que?!

- Calma, não se exalte, queria saber se você ficou sabendo daquela tal chuva de meteoritos?

- Eu vi cara! Disseram no noticiário que tem um fungo parasita comedor de gente.

- Você acha que é verdade ou é tudo mentira? Sério, eu acho que, como sempre, eles estão sendo sensacionalistas, no máximo esse fungo deve dar alguma gripe sem cura oi sei lá o que.

- Não sei não cara, tem várias notícias dizendo de animais selvagens que, ao ter contato com o fungo, apodreceram de dentro para fora.

- Mas tem algum caso em humanos? Provavelmente somos imunes à essa jossa.

Joe desligou, guardei meu celular e fui dormir.

+ + +

No outro dia de manhã, quando eu acordei, veio a primeira notícia, um cientista, em busca da cura, acabou sendo infectado, pelo que disseram nos sites (nunca confiei muito nesses sites) ele estava tentando conseguir uma amostra de sangue para descobrir o que exatamente essa praga faz, quando o animal em questão o mordeu, ele foi internado, a área onde o animal o mordeu já estava começando a apodrecer, além de febre e muita dor no corpo inteiro.

Nesse mesmo dia, foram confirmados mais 5 casos de pessoas mordidas, pelo que parece, nós e poucos outros animais somos imunes ao contágio por inalação, mas não diretamente pelo sangue e saliva.

Passei o dia todo entediado, assistindo TV, as eleições estão próximas, não aguento mais ver políticos mentindo, tomara que o mundo acabe logo.

De noite entrei no computador e vi que o Joe estava online no Skype, liguei para ele pra conversarmos, como sempre fazemos:

- Seis casos confirmados em humanos, Joe.

- Parece que não somos imunes à essa jossa. - Disse ele brincando.

- Haha, muito engraçado. Isso é sério mano, vai dar merda se não encontrarem a cura logo.

- Eu sei, eu sei. Já estou me preparando, facas à postos caso dê errado - Ele respondeu, enfatizando o "caso" pois ele tinha certeza que não iria dar errado.

Enquanto ele dizia isso, eu já estava procurando saber mais sobre o assunto.

- "Ao que tudo indica, o período entre a contaminação e a morte é de, em média, 96 horas (4 dias) podendo variar de acordo com o tempo de contato com o fungo. Os primeiros sintomas são dores em todas as regiões do corpo, febre alta e tosse com sangue."

- De onde você tirou isso? - Ele me perguntou, confuso.

- Acabei de ver aqui em um site, pode acreditar, esse site é confiável.

- Explica direiro, tipo uma mordida é 96 horas? Então duas seria metade?

- Não exatamente. Depende do tempo de exposição.

- Entendi. Mas mesmo que realmente dê errado, as cidades grandes serão as primeiras, quer dizer, qual a chance de uma cidade com seis mil habitantes ser a primeira?

- Muito grandes, entenda a lógica: uma cidade pequena é rodeada de locais preservados, com muitos animais silvestres, enquanto uma cidade grande é rodeada de cidades menores.

- Verdade, mas temos que considerar os locais onde mais caíram meteoritos...

- No caso à 150km daqui.

- Sério?! Meu Deus, eu não sabia disso! Temos que nos preparar.

Joe desligou, dessa vez ele tinha acreditado em mim. Pelo menos uma vez na vida né?

Ainda fui olhar meu Face, nada de útil, como sempre, depois fui me arrumar para dormir, estava cedo, mas eu precisava mais do que nunca descansar, para eventuais problemas apocalípticos.

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