— Cuidado para não se machucar! — gritou a mulher, sentada sobe um cobertor azul marinho, debaixo da grande castanheira.
— Mamãe, vem brincar comigo! — o garotinho gritou de volta, fazendo a mulher sorrir e se levantar, correndo atrás do garoto que ria. — Você não vai conseguir me pegar!
— Ah, se vou. E ainda o encherei de cócegas! — disse, correndo atrás do filho.
E, nesse momento de felicidade, nessa correria, Jacob ouve um baque no chão, e se vira com seu sorriso desaparecendo aos poucos.
— Mamãe? — o garoto se aproximou de sua mãe, caída no chão e se desesperou. — Mamãe! Mamãe!
E foi naquele fim de semana.
Naquele fim de semana, que a mãe de Jacob foi diagnosticada com câncer pancreático, ela vivia dizendo que estava bem, e que logo voltaria para casa e voltaria também, a brincar com seu filho pelos campos verdes e floridos, na fazenda de sua família.
Jacob ainda tinha esperanças de que tudo poderia ocorrer da melhor maneira possível, isso até, por acidente, ouvir uma conversa de um dos médicos com sua mãe:
— Eu não sei como vou poder contar para ele, eu m sinto culpada de ter que deixá-lo sozinho — ela soluçava, e lágrimas percorriam por suas bochechas.
— Senhora Bae, eu realmente sinto muito, poderíamos tentar fazer alguma cirurgia, mas tudo indica que o tumor já tomou um grande espaço — o médico se sentou na maca, segurando a mão da mulher.
— Quanto tempo? Doutor Lee, quanto tempo eu ainda tenho de vida?
— Eu diria alguns dias, no máximo três... Eu sei que é difícil, tenho um filho da idade do seu, e sei como eles são apegados aos pais. Temo que o pequeno sofra, mas... Eu prometo ajudar o máximo possível — Doutor Lee apertou um apertou, um pouco mais, a mão da Bae, fazendo elabo encarar.
— Realmente agradeço... Você é um bom homem — a mulher sorriu.
Depois daquilo, Jacob se afastou da porta, andando solidário pelos corredores, e quando achou um cantinho vazio, quase deserto, começou a chorar.
Afinal, ele tinha apenas nove anos, amava sua mãe, sua única família desde que seus pais se separaram, então se perguntava, porque uma mulher tão maravilhosa e batalhadora tinha que ir embora tão cedo? Ela merecia viver muito.
— Tudo bem?
Jacob levantou a cabeça, após o observar, o garotinho negou.
— Por que está triste? — o garoto desconhecido se sentou ao lado de Jacob.
— Minha mãe... Ela vai morrer — o Bae deixou mais lágrimas escaparem.
— Ela vai virar uma estrela, para iluminar a noite.
— Uma estrela?
— Sim, quando uma pessoa morre, ela vira uma estrela, para poder observar seus entes queridos ainda vivos. Minha mãe que me falou — o garotinho se levantou, e pegou uma balinha do bolso. — Pega, e não chore mais, okay?
Jacob afirmou, e sorriu.
— Espera! — o pequeno Bae gritou, fazendo o garotinho se levantar. — Qual é o seu nome?
— Hyunjoon. — ele sorriu.
E, então, ele saiu.
☆
Não se passaram nem três dias, quando os aparelhos apitaram em uma entonação só, indicando a falta dos batimentos cardíacos. Os médicos fizeram o que puderam, mas infelizmente, não conseguiram nem adiar a morte da Senhora Bae.
No enterro, muitos parentes e amigos rezaram próximo ao caixão e abraçaram Jacob, que chorava muito. E, para completar, no final de tudo, começou a chover.
Dr. Lee cumpriu sua promessa, e conseguiu cuidar de Jacob indiretamente por alguns anos, mesmo eles mal tendo contato, até o Bae completar idade suficiente para a emancipação.
Ele trabalhou e conseguiu suas próprias coisas, Jacob jamais se esqueceu do que o garoto do hospital havia falado para ele, e todas as noites, ele ía para o seu gramado, depois de rezar para o altar que montara para sua mãe em seu quarto, observava as estrelas, e, em um belo dia, resolveu conversar com uma delas, aquele que parecia mais brilhante aos olhos do Bae, aquela que lhe transmitia a sensação de conforto e carinho, isso seria estranho para outras pessoas. Mas, para Jacob, era simplesmente mágico.
Ele era livre para conversar com aquela estrela, onde havia total certeza que era sua mãe, que aquela estrela o respondia, e que tinha um sentimento materno. Isso até o novo vizinho, Kevin, começar as suas reclamações, mas Jacob era um homem de coração bom, e levava tudo na maior tranquilidade possível. E, assim, um dia o convidou, o vizinho mal-humorado, para observar as estrelas junto consigo.
Quando acordou, estava deitado em sua cama, e observou Kevin, que olhava o altar. E, então, todo o sofrimento que passou durante aquela época, veio à tona, junto com as lágrimas que não demoraram a cair.
— Ela morreu de câncer — foi a única coisa que conseguiu dizer, antes de desmoronar em lágrimas. Que logo foi confortado com um abraço.
E depois daquele juramento que ambos fizeram no quarto, Jacob teria certeza absoluta, que finalmente teria alguém para observar as estrelas juntos à si.
🕊
agradeço à todos que leram e tbm a autora original que é um amor e só tem obras perfeitas no perfil.
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STARS. moonbae
Fanficjacob não era louco, ele só conversava com as estrelas. 𝗈𝖻𝗋𝖺 𝗈𝗋𝗂𝗀𝗂𝗇𝖺𝗅 𝗉𝗈𝗋 © boomsvt, 2017.