Já chega pai.

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Acordei, agarrado em Hoseok, que aparentemente não reclamou disso. Me levantei e caminhei até a varanda, esse lugar me trazia algumas lembranças de Seoul. Hoje chove, o vento gélido bate no meu rosto me fazendo estremecer, mas logo voltar a meu normal e pegar o gato do Tae. Não acredito que o Taehyung vai abandonar o gatinho, era o mais fofo que havia visto em todos os meus 18 anos, que aliás, completava hoje.

Entrei pra dentro,Sentei no sofá, me enrolei no edredom, fiquei fazendo carinho no gato então acabei dormindo um pouco. Acordei e estava em um quarto diferente, era branco, um toque de cinza. Era um quarto realmente lindo e organizado. Me levanto, caminhando até um dos quadros que havia no quarto. Ele era branco, com borrados de preto. Era um menino, ele não estava todo pintado, mas algumas borras de preto eram visíveis ali.

Segui meu caminho até uma escrivaninha, com papéis e um Notebook, não era tão preocupante a situação da quantidade de papel, mas levariam alguns minutos pra trabalhar.

Segui até um banheiro, era comum mas arrumado. Armários grandes, 2 pias coladas, um box comum e um sanitário ao lado da pia. Sai de lá e então fui até o guarda-roupas, tinham várias camisas brancas, até que acho uma que me chamou atenção. Uma blusa branca de boto~es não sei o porquê mas achei a mais bonita do guarda-roupa.

Peguei-a levando a até o nariz, inalando aquele delicioso cheiro doce. Fui até o banho e tirei minhas peças de roupa, menos minha cueca. Pus a camisa, que ficou grande em mim, mais confortável. Sai do quarto e me olhei no espelho, tinha realmente ficado boa, mas é coreana, então vai demorar até eu ir comprar.

Ouvi a porta ser aberta e olhei pra trás, vendo o Jungkook parado. Me fudi.

— Esta é minha blusa anjo? — Ele fecha a porta e me encosta na parede. — Odeio quando as pessoas não me respondem, essa é minha blusa anjo?

— S-Sim, desculpa Jungkook, e-eu não queria ter peg-

— Assim você dificulta minha vida anjo... — Ele se aproxima do meu ouvido, respirando pesado sobre ele e diz: — Feliz aniversário.

Rapidamente, ele leva uma das suas mãos a minha cintura e outra a minha coxa, selando seus lábios com os meus. Era um beijo alo, mas a forma que aproximava minha coxa da sua cintura, eu implorei pra que passasse disso, mas não. Ele parou o beijo e virou de costas.

— Eu fui longe demais com você hoje.

— Só mais um pouco é meu aniversário, por favor.

— Já lhe dei teu presente. — Ele me olha.

— É verdade...

— Estou falando da blusa anjo, é sua.

Ele saiu e eu dei saltinhos sorrindo. Tirei minha nova blusa, coloquei minha roupa normal e desci. Os meninos ainda dormiam, então avisei o Jungkook que iria trocar minhas roupa e roubei um selinho do maior, que corou e sorriu. Cheguei e minha irmã estava vendo TV, mas minha mãe não estava em casa.

— Feliz aniversário peste.

— Feliz aniversário Boa...

O triste disso tudo era que eu e minha irmã fazíamos aniversário juntos. Meu pai é única pessoa que lembra do meu aniversário, mas hoje ele não lembrou. Subi, troquei de rouba e escondi a blusa, morrendo de medo da minha irmã pegar.

Voltei e estranhamente a sala já estava toda arrumada, mas não vi ninguém, segui com meus pés naquele chão gelado até a cozinha. Chegando lá fui surpreendido por confetes, um bolo e uma vela.

— Parabéns Jimin! — Todos gritaram e eu sorri. — Seja esse garoto maravilhoso sempre.

Apaguei as velas e cortei o bolo com ajuda do Jungkoook, dividi e o maior pedaço ficou pra mim. Comi o pedaço e que bolo! Quantos anos não comia um bolo tão bom? Após comer, lavei todos os pratos e ajudei o Jin a fazer o almoço. Nunca tinha passado um aniversário tão bom. Almoçamos e eu fiquei o resto do tempo no colo do Jungkook; muita gente pode falar que ele é aquele famoso homem que não tem sentimentos, só quer foder, mas não, meu Jungkook tem sentimentos, é tímido e assim como todos tem medo.

— Kookie... Me responde uma coisa?

— Hm.

— Quem era o menino do quadro?

Ele hesita em responder e fecha os olhos engolindo o seco. Aquilo parecia desconforto, até que eu escutei o Taehyung tossir e o prato que o Jin lavava cair.

— Me desculpa pela pergunta...

— Não, tudo bem Jimin...

— É anjo, tudo bem...

A partir daquilo, ficamos calados, ninguém trocava olhares e nem falava nada. Até que recebo uma ligação e saio pra atender.

— Alô?

— Feliz aniversário filho! Achou que seu pai iria esquecer?

— Pai! Eu daria de tudo pra te ter aqui agora...

— E tem.

Olho pro frente e vejo meu pai, pulo no seu colo em um abraço apertado me segurando em seu pescoço, que estava gelado. Estava a ponto de chorar, tantos anos que eu não o via, ele finalmente me colocou no chão e me olhou.

— Você continua o Jimin de sempre, mas está mais bonito.

— Depois de 4 anos...

— Desculpa por ter demorado tanto.

— Tudo bem... Vem, eu quero te mostrar umas pessoas...

Entro na casa do Jungkook com meu pai, ele olha a casa até seu olhar parar no Jungkook, que estava de costas falando com alguém. Ele vira, então do nada deixa o celular cair.

— Sr. P-Park?

— Jeon?

O Taehyung se levanta e fica do lado do Jungkook. Seu olhar parecia nervoso e amedrontado.

— Eu jurei que se lhe visse novamente acabaria com sua vida Jeon!

Meu pai correu até ele que foi segurado por Taehyung, mas meu pai simplesmente o jogou no chão, Hoseok tentou ajudar, mas caiu desmaiado. Jungkook lutava, mas parecia por sua vida.

— VOCÊ MATOU MEU FILHO! QUER MATAR O OUTRO TAMBÉM?

— EU NÃO MATEI SEU FILHO, ELE SE MATOU!

— POR SUA CULPA! — Nessa hora meu pai jogou o Jungkook na estante de vidro, que quebrou em cima do Jungkook. — E a única coisa que você fez foi um desenho.

Nessa hora, a porta se abriu. Um garoto, de cabelos avermelhados, pálido e desesperado apareceu.

— Já chega pai.

Beach Boy • jikookWhere stories live. Discover now