Odeio crianças e cães, ganhando amor sem nenhuma razão. A quantidade de amor nesse mundo é finita. Há tambem um limite para felicidade, quando você a usa toda, não consegue mais ter.
Para Freud, o instinto do indivíduo é primitivo, mas este tem suas crenças, comportamentos e regras moldadas de acordo com a estrutura sócio-cultural a que é exposto ao longo de sua vida.
O jovem da geração Z se tenta sair do modelo social: é um indivíduo cheio de medo e dúvidas, que não quer sentir o amor para tentar se desvencilhar de seus pais e as regras deles. Quando se encontra diante desse sentimento, se desespera.
Meu ser é dessa geração, pois esse sentimento cheio de dopamina traz responsabilidades inertes que me fazem querer fugir. Encontrarei o amor, mas por enquanto fugirei dele, o peso de cuidar de alguém e estar ao lado dela, me faz temer perder a leveza de ser livre com a solidão.
Não disse que não é amor, definitivamente é, mas eu sei que é efêmero e que o tempo há de mudá-lo como o inverno muda as árvores, e mesmo que eu amasse com todas as forças do meu corpo nem em cem anos poderia amar tanto quanto amei em um único dia. Portanto, hoje, ficarei apenas com lembranças e poemas ao meu lado, pois a melhor experiência disso, é a saudades que temos após perdê-lo.
Apenas desejo uma eucatastrofe, para me diferenciar dos outros seres malditos chamados humanos, sempre impondo regras diante de um sentimento que deveria ser de liberdade.