Sala barulhenta

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Depois que Leandra fala minha turma, sala e andar, vou até o andar que a mesma me disse, chegando na porta da sala de número oito, esbarro-me com uma menina. Era alta, provavelmente tinha um metro e setenta, era negra, sempre achei o tom de pele negro mais bonito do que o tom de pele branco, tinha olhos azuis, usava tranças, estava com uma camisa preta com Hogwarts estampada, uma calça jeans clara e um tênis All Star preto e branco de cano alto.

– Me desculpe mesmo. – falou com uma cara que me deu pena.

– Sem problemas, acidentes acontecem. – falo sorrindo – Aliás, meu nome é Thiago. E o seu é?

– Laura. – ela responde estendendo a mão para mim.

Ela sai andando para fora da sala, fico a olhando a achando levemente grossa. Então ela se vira e vem até mim.

– Vamos conversar em um lugar mais quieto. Dentro da sala está muito barulho. – ela fala me puxando para um canto quieto do corredor. – Então, me fale um pouco sobre você.

– Por onde devo começar? – penso alto

– Você pode começar falando do que você gosta, que faz...

– Eu gosto de ler, para falar a verdade eu amo ler, amo assistir filmes, comer sushi, pizza, ir ao cinema...

– Tá, então que você faz? – pergunta-me Laura, batendo o pé repetidas vezes no chão.

– Eu toco violão, atuo em teatro, faço desenhos profissionalmente. Bem, fazia.

– Por quê? – pergunta em tom meio indignado.

– Meu chefe me demitiu, ele me substituiu com um cara que faz desenho com pixels. – a respondo cabisbaixo.

– Lamento. Você gostava do emprego?

– Gostava, porém estava mais para um hobbie.

Nós vimos o professor, virando o corredor para nossa sala. Eu e Laura entramos, eu sentei na primeira carteira da terceira fileira, ou seja, a fileira do meio, ela sentou na primeira carteira da quarta fileira. O quadro branco era bem grande ocupava a parede frontal da sala inteira, a janela ficava do meu lado esquerdo, as primeiras fileiras pegavam vento vindo da janela, já as outras ficavam do lado da porta e do ar condicionado, elas também recebiam vento, porém vindo da máquina. A mesa dos professores ficava na frente das duas primeiras fileiras.

O professor entra na sala, fecha as janelas, a porta e liga a máquina. E vai para o meio do quadro branco e se apresenta;

– Olá turma, tudo bem? Eu sou o Diego e eu sou seu professor de matemática, hoje, conforme na programação letiva, eu irei dar aula para vocês nessas duas primeiras aulas. Irei passar em cada mesa entregando um papel com a programação nesse ano letivo impresso no mesmo. Aguardem o papel sentados por gentileza. – diz ele olhando com um sorriso sem os dentes a mostra.

Ele tem os cabelos pretos, curtos com um leve topete, tem olhos castanhos, é alto, é levemente musculoso, tem uma leve barba, provavelmente tem um metro e oitenta, é pardo e tem uma barba curta, está usando uma calça jeans azul claro, uma camisa branca com o logo da série Stranger Things, um casaco branco com o capuz largado em sua nuca e um All Star branco.

Diego me entrega o papel com a programação das aulas impresso. Pego e leio o mesmo.

– Ei, psiu! Laura! – com essa sussurrada ela me olha e arqueia suas duas sobrancelhas junto com um movimento rápido jogando sua cabeça para cima. – Hoje vão ter duas aulas de matemática e duas de biologia. Estou amando essa programação letiva.

– Eu odeio matemática, não gosto de jeito algum. Porém isto é reverso para biologia... – me reponde apontando as aulas com seu dedo indicador direito.

A primeira aula foi normal, porém, em meia hora da segunda aula, Laura pega seu estojo e coloca em cima do seu fichário apressada, guarda seu celular no bolso de sua calça e coloca apenas uma alça de sua mochila rosa pastel e sai apressada, sem falar com ninguém.

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