Dúvidas, e mais dúvidas

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 Acordei atrasado, fui em direção ao meu guarda roupa para trocar de roupa voado. Eu desci as escadas rapidamente para pegar algo para comer no caminho da escola, quando cheguei na cozinha, minha mãe estava calma e olhou para mim preocupada e disse.

­ - Oi meu filho, por que você acordou tão cedo?

- Como assim mãe? – perguntei confuso

- Ainda são seis da manhã. Você sempre acorda às seis e meia...

Eu não estava acreditando no que minha 'querida' mãe estava me dizendo naquela manhã... Não acredito que meu celular está com o horário errado. Essa infortuna manhã foi eu sendo eu, eu sendo azarado como sempre.

Respiro fundo, e tento não sair berrando pela casa.

- Se acalme meu filho, estressado desse jeito, você não vai ser produtivo... – adverte-me minha mãe.

- Tudo bem, vou meditar um pouco. Estou com tempo de sobra. – concluo um pouco mais calmo.

Coloco o tapete de yoga da minha mãe embaixo do braço e observei a sala de estar magnífica em que o chão é de tábuas estreitas de madeira, geladas e bem polidas. O sofá era branco, com espaço para quatro pessoas. Coloquei o tapete roxo de yoga estendido, e fiquei de pernas cruzadas e comecei a meditar. Meu pai descendo as escadas já pronto para trabalhar, me vê meditando e vem até mim silenciosamente, porém antes dele conseguir me assustar eu respondo a seu ato brincalhão:

- NEM, tente me assustar, você sabe que eu não gosto disso e já está me desconcentrando.

- Sem graça – me responde revirando levemente os olhos.

Termino de meditar e vou tomar meu café da manhã. Novamente, o café da manhã é café, pão de queijo recém assados, e suco fresco de laranja. Me despeço da minha mãe e vou a caminho do colégio, tiro meu celular do bolso e conecto meu fone e dou play na música. No caminho vou pensando comigo ­– Eu não sou gay, eu estou apaixonado pela Laura, mas aquele sorriso do Caio me deixou muito balançado, eu acho que estou apaixonado pelos dois. Mas não tem como estar apaixonados pelos dois... – quando percebo já passei uns vinte metros do portão do colégio e acabo por voltar correndo para não perder o horário de aula. Andando pelos corredores até chegar na minha sala, me perco nos mesmos pensamentos.


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